Moçambique e países vizinhos se preparam para chegada de ciclone
País africano se recupera de desastre natural que devastou território há um mês. Tempestade tropical chegou na terça-feira (23) em Madagascar
Internacional|Da EFE
Moçambique, Comores e Tanzânia se preparam nesta quarta-feira (24) para a chegada do ciclone Kenneth, pouco mais de um mês depois da passagem do ciclone Idai, que deixou cerca de mil mortos no leste da África, a maioria em território moçambicano.
A tempestade tropical que chegou na terça-feira (23) ao norte de Madagascar e se transformou hoje no ciclone Kenneth, deve atingir Comores esta noite e depois tocará terra em Moçambique e Tanzânia, onde são esperados fortes ventos e inundações repentinas.
"Nos preocupa o impacto que esta tempestade pode ter nos três países. Nos preocupa especialmente seu possível impacto em Moçambique, onde as comunidades ainda estão se recuperando da devastação do ciclone Idai", declarou hoje em comunicado a diretora para a África da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), Fatoumata Nafo-Traoré.
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Por isso, voluntários da Cruz Vermelha estão alertando os moradores de comunidades localizadas no norte de Moçambique, onde são esperadas as piores inundações e deslizamentos de terra, incluídos nos distritos de Nacala-Porto e Nacala-A-Velha.
Além disso, estão de prontidão nos três países equipes humanitárias para reduzir os danos e as consequências deste novo fenômeno meteorológico que ameaça o sudeste africano.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) indicou hoje que os três países tomaram medidas de precaução e alertaram a população diante das "fortes chuvas e ventos" que são esperados como consequência de Kenneth.
Há pouco mais de um mês, o ciclone Idai afetou mais de 1,8 milhão de pessoas em Moçambique, Zimbábue e Malawi, deixou cerca de mil mortos e destruiu cidades inteiras, como a moçambicana Beira, na região central do país.
Dezenas de milhares de afetados ainda estão em centros de acolhimento devido a esse desastre.