A polícia da Colômbia prendeu, nesta sexta-feira (18), um suspeito de ser mentor do atentado terrorista cometido em Bogotá contra a Escola de Polícia General Francisco de Paula Santander, que deixou ao menos 21 mortos e mais de 60 feridos. As informações são do jornal colombiano Caracol.
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Segundo a publicação, o suspeito identificado como Ricardo Andrés Carvajal tem 39 anos de idade e foi detido na madrugada desta sexta-feira no bairro de Los Laches, ao centro-leste de Bogotá. Os esforços da polícia se concentram agora em identificar outros envolvidos no ataque.
Ligação com guerrilha
Em pronunciamento nesta sexta-feira, o ministro da Defesa do país, Guillermo Botero, declarou que Carvajal agiu em ligação com o grupo rebelde colombiano ELN (Exército da Libertação Nacional).
O ELN, composto por cerca de 2.000 combatentes e considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia, começou negociações de paz com o governo do ex-presidente Juan Manuel Santos em fevereiro de 2017, mas o diálogo foi paralisado pelo atual presidente, Iván Duque.
Atentado contra escola de polícia
Na quinta-feira (17), um carro-bomba invadiu o estacionamento da Escola de Polícia General Francisco de Paula Santander pouco depois das 9h30 (horário local, 12h30 de Brasília). A Direção-Geral da Polícia informou que o veículo carregava 80 kg de explosivos, que foram detonados após a colisão em um muro. O motorista, identificado como José Aldemar Rojas Rodríguez, morreu no momento do atentado.
O ataque, o pior do tipo na história recente da Colômbia, deixou 68 feridos. Uma das vítimas foi o motorista do veículo que invadiu o centro de formação de oficiais da Polícia Nacional.
“Não descansaremos até capturar e levar à Justiça o resto dos terroristas envolvidos, e informo a esses criminosos que o repúdio social, a rejeição de todos os colombianos e da comunidade internacional e o castigo exemplar da Justiça os esperam”, disse o presidente da Colômbia, Iván Duque, em discurso na noite de quinta-feira. O presidente decretou luto de três dias pelas vítimas da tragédia.
Nas décadas de 1980 e 1990, a Colômbia viveu um período sangrento de atentados com carros-bomba. A maioria era cometida por traficantes e organizações guerrilheiras contra prédios e instalações das forças de segurança nacionais.