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Principal grupo da oposição egípcia denuncia irregularidades no referendo

FSN realiza o acompanhamento da consulta popular

Internacional|Do R7

Soldado tenta controlar multidão que aguarda para votar no referendo da nova Constituição egípcia
Soldado tenta controlar multidão que aguarda para votar no referendo da nova Constituição egípcia

A Frente de Salvação Nacional (FSN), que agrupa grande parte da oposição egípcia não islamita, denunciou neste sábado (15) "irregularidades generalizadas" no referendo constitucional e acusou a Irmandade Muçulmana de querer fraudar o processo.

Em comunicado, o FSN expressou "sua profunda preocupação e seu desgosto pelo volume de irregularidades durante o referendo", e assegurou que isso "demonstra a intenção clara da Irmandade Muçulmana de fraudar a vontade dos eleitores para validar a Constituição".

Sala de Operações da FSN, que realiza o acompanhamento da consulta popular, assinalou que as irregularidades "são generalizadas em todas as províncias".

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A coalizão, liderada pelo Prêmio Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, pediu a todos os organismos envolvidos no referendo que "afrontem sua total responsabilidade para garantir sua limpeza" e terminou pedindo aos egípcios que compareçam às urnas e rejeitem o projeto da Carta Magna.


Entre as infrações detectadas pela FSN e por outros grupos civis estão a existência de muitas urnas que não estão seladas com cera vermelha e a suposta "tinta mágica" com a qual se marca os dedos dos que já votaram e que supostamente se apaga logo em seguida.

Os observadores também detectaram a presença, nos arredores dos colégios eleitorais, de simpatizantes da Irmandade Muçulmana que impediam a entrada de observadores que não pertencem a seu partido.


Entenda o que está em jogo

O Movimento 6 de Abril, grupo revolucionário juvenil, havia denunciado previamente que tinham sido registrados casos nas mesas eleitorais de funcionários que estavam se fazendo passar por juízes, que são os encarregados de supervisionar a votação.

O referendo acontece hoje e no próximo sábado, 22 de dezembro, devido à falta de juízes suficientes, já que muitos magistrados decidiram boicotar a supervisão do plebiscito em protesto contra as últimas decisões do presidente egípcio, Mohammed Mursi.

O primeiro dos dois dias do referendo, ao qual estão convocados 26 milhões de egípcios, está sendo promovido nas províncias do Cairo, Alexandria, Dakahliya, Garbiya, Sharquiya, Asiut, Sohag, Assuã, Sinai do Norte e Sinai do Sul.

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