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Quem é a mulher acusada de matar pessoas com cogumelos venenosos na Austrália

Erin Patterson é julgada por servir almoço com alimento tóxico que matou ex-sogros e tia do ex-marido

Internacional|Do R7

Erin Patterson é acusada de matar três pessoas com cogumelos venenosos na Austrália Reprodução/X/@Independent

Erin Patterson, de 50 anos, é acusada de matar três parentes e tentar assassinar outro ao servir um almoço com cogumelos venenosos em Leongatha, na região de Victoria, na Austrália. Ela é julgada por assassinato desde terça-feira (29).

De acordo com a rede britânica BBC, Erin é julgada pelas mortes de Don Patterson e Gail Patterson, ambos de 70 anos e pais de Simon Patterson, o ex-marido dela, e de Healther Wilkinson, de 66, irmã de Gail.

O episódio ocorreu em julho de 2023. Ian Wilkinson, marido de Heather, também participou do almoço, mas sobreviveu após passar semanas internado. A mulher se diz inocente e afirma que a tragédia foi um “terrível acidente”.

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Julgamento

Segundo a promotoria, Erin convidou os parentes para o almoço em sua casa, sob o pretexto de discutir “problemas médicos”, alegando ter câncer de ovário — o que, conforme acordado por defesa e acusação, não foi diagnosticado, de acordo com o jornal britânico The Guardian.


Durante o almoço, ela serviu sanduíches individuais de bife Wellington que continham cogumelos venenosos. “A questão principal é se ela pretendia matar ou causar ferimentos muito graves”, disse o juiz Christopher Beale.

A promotora Nanette Rogers alega que Erin “envenenou deliberadamente” os convidados com “intenção assassina”. Ela teria colhido os cogumelos “death cap” em um local próximo e mentiu à polícia sobre a origem dos alimentos, dizendo que alguns vieram de uma mercearia asiática em Melbourne.


A promotoria também aponta que Erin descartou um desidratador de alimentos, usado para preparar a refeição, em um lixão local, numa tentativa de “esconder” evidências.

A defesa, liderada pelo advogado Colin Mandy, argumenta que Erin entrou em pânico após a tragédia, pois amava os familiares e não tinha intenção de envenená-los. “Ela não pretendia causar mal a ninguém naquele dia... o que aconteceu foi uma tragédia, um acidente terrível”, disse.


Simon Patterson, ex-marido de Erin e pai de seus dois filhos, foi convidado, mas recusou, dizendo por mensagem que “se sentia desconfortável” em comparecer. Simon e Erin mantinham um relacionamento amigável após a separação em 2015, mas a relação esfriou em 2022.

Don e Gail Patterson, que morreram dias após o almoço, eram professores e moravam em Korumburra, a 14 minutos de Leongatha. Em um memorial, Simon descreveu os pais como “uma equipe”. “O fato de eles terem morrido em dias consecutivos refletiu a união que eles tinham”, disse.

O julgamento, que pode durar seis semanas, deve ouvir testemunhas como Ian Wilkinson, Simon Patterson, equipes médicas e policiais.

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