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Quem é o australiano condenado a 13 anos de prisão na Rússia por lutar ao lado da Ucrânia

Oscar Jenkins, de 33 anos, foi sentenciado por atuar como mercenário; governo australiano critica julgamento

Internacional|Do R7

Oscar Jenkins, 33, foi preso em um tribunal controlado pela Rússia em Luhansk Divulgação/Ministério do Procurador da República Popular de Luhansk

Um australiano capturado enquanto lutava ao lado da Ucrânia na guerra contra a Rússia foi condenado nesta sexta-feira (16) a 13 anos de prisão em uma colônia penal russa. Ele foi declarado mercenário.

A sentença foi emitida em um tribunal controlado pela Rússia na região de Luhansk, no leste da Ucrânia. O homem, identificado como Oscar Jenkins, de 33 anos, era professor em Melbourne, na Austrália, de acordo com a rede britânica BBC.

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Jenkins, que chegou à Ucrânia em fevereiro de 2024, foi capturado em dezembro do ano passado em Luhansk, área reconhecida como independente por Vladimir Putin pouco antes da invasão à Ucrânia, em 2022.

Promotores russos alegaram que ele recebia entre R$ 37 mil e R$ 49 mil por mês para participar de operações militares contra tropas russas.


Um vídeo divulgado em dezembro do ano passado mostrou Jenkins com as mãos amarradas, sendo interrogado e agredido no rosto por forças russas, que questionavam se ele era pago para lutar.

O governo australiano reagiu com indignação. A ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, classificou o julgamento como “fraudulento” e exigiu que a Rússia trate Jenkins humanamente, considerando-o um prisioneiro de guerra e membro das forças armadas regulares da Ucrânia, segundo o jornal britânico The Guardian.


“A Rússia é obrigada a respeitar o direito internacional humanitário”, disse Wong. Ela afirmou que o governo australiano trabalha com a Ucrânia e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha para garantir o bem-estar e a libertação de Jenkins.

A Austrália já havia convocado o embaixador russo em janeiro deste ano após relatos falsos de que Jenkins teria sido morto. “Continuaremos a fazer representações ao regime de Vladimir Putin em nome do Sr. Jenkins”, disse o primeiro-ministro Anthony Albanese à emissora do país 9News em abril.


A Rússia considera estrangeiros que lutam pela Ucrânia como mercenários, permitindo processá-los sob seu código penal, em vez de tratá-los como prisioneiros de guerra, que são protegidos pelas Convenções de Genebra.

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