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Quem era a família Bibas, que se tornou símbolo da crueldade dos terroristas do Hamas

Filhos de Shiri Bibas eram os reféns mais jovens do grupo extremista; corpos foram entregues nesta quinta (20) à Israel

Internacional|Do R7

A luta da família Bibas incentivou uma onda de protestos entre aqueles que exigiam a libertação dos reféns
A luta da família Bibas incentivou uma onda de protestos entre aqueles que exigiam a libertação dos reféns Reprodução/Redes Sociais

Sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro de 2023, Shiri Bibas (32) e seus dois filhos pequenos, Ariel (5) e Kfir (2), se tornaram símbolo da brutalidade do grupo terrorista durante o conflito. Passados mais de 15 meses de guerra, os corpos dos integrantes da família Bibas foram entregues pelos terroristas e chegaram a Israel nesta quinta-feira (20). O grupo afirma que a família foi morta durante um bombardeio israelense na Faixa de Gaza.

Durante a troca de reféns, pessoas carregando bandeiras israelenses alinharam-se na estrada 232, perto da fronteira com Gaza, para prestar homenagem à família enquanto um comboio transportava os corpos para o instituto forense de Israel.

O pai das crianças, Yarden Bibas, também foi sequestrado, mas foi libertado pelos terroristas do Hamas em 1º de fevereiro. Yarden é o único sobrevivente da família e nunca se encontrou, durante o cativeiro, com a esposa e os filhos, segundo a imprensa israelense.

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A luta da família Bibas incentivou uma onda de protestos entre aqueles que exigiam a libertação dos reféns. A preocupação com o bem-estar das crianças aumentou durante o cessar-fogo de novembro de 2023, quando a maioria das mulheres e menores sequestrados foram libertados – e cresceu nas últimas semanas, com a libertação de reféns mulheres ainda vivas.


Com apenas 9 meses, Kfir era o mais novo entre os cerca de 30 reféns menores de idade levados pelo Hamas em 7 de outubro. O bebê tornou-se um ícone em Israel, e seu caso foi mencionado por líderes israelenses em discursos ao redor do mundo. Para marcar o primeiro aniversário do menino, familiares dele soltaram à época balões laranja e pediram apoio a líderes mundiais.

Ariel Bibas, o irmão mais velho, era o segundo refém mais jovem do grupo terrorista Hamas. Seus avós maternos, Yossi e Margit Silberman, foram mortos durante o ataque terrorista de 7 de outubro.


A falta de informações sobre a família Bibas durante o cativeiro gerou dúvidas mesmo entre seus parentes. A irmã de Shiri, Dana Silberman-Sitton, afirmou que nunca acreditou que sua irmã e os sobrinhos estivessem vivos. Em entrevista ao portal israelense Ynet, ela disse que decidiu contar a seus filhos, em dezembro de 2023, que a tia Shiri e os primos estavam mortos, após o Hamas afirmar que eles haviam morrido.

Já a irmã de Yarden Bibas, Ofri Bibas Levy, adotou uma abordagem diferente. Ela insistia que Shiri e as crianças ainda estavam vivas, viajou ao exterior em missões e concedeu diversas entrevistas para garantir que suas histórias continuassem sendo mencionadas. Imagens da família foram exibidas em telões na Times Square, em Nova York, impressas em camisetas usadas por manifestantes ao redor do mundo e levadas ao Fórum Econômico Mundial pelo presidente israelense, Isaac Herzog.


Shiri Bibas era israelense mas tinha origem argentina. Sua família migrou do país sulamericano para Israel, onde ela também cresceu.

Mas a família vinha considerando se mudar. Segundo parentes, Shiri e Yarden planejavam morar nas Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel em 1981. Eles queriam se mudar justamente por conta das tensões na região em que viviam: o kibutz fica perto da fronteira com a Faixa de Gaza, e o lançamento de foguetes era frequente.

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