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Terremoto na Turquia e Síria: socorristas resgatam mais de 9.000 de escombros perto do 'prazo final'

Por outro lado, número de mortos por causa do abalo sísmico já se aproxima de 12 mil, de acordo com as autoridades dos dois países

Internacional|Do R7, com AFP e EFE

Ao menos 9.000 foram retirados dos destroços e do ferro retorcido após terremoto
Ao menos 9.000 foram retirados dos destroços e do ferro retorcido após terremoto Ao menos 9.000 foram retirados dos destroços e do ferro retorcido após terremoto

A poucas horas do fim do prazo ideal para o resgate de sobreviventes, as equipes de resgate que atuam na Síria e na Turquia já retiraram mais de 9.000 pessoas dos escombros provocados pelo terremoto de magnitude 7,8 que assolou a região por volta das 4h17 (22h17 de domingo no Brasil) da última segunda-feira (6). 

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), as primeiras 72 horas são decisivas para encontrar sobreviventes embaixo dos escombros. Depois desse prazo, as chances ainda existem, mas são menores. Teoricamente, esse período ideal de resgate termina em menos de 10 horas.

Mais de 100 mil socorristas estão oficialmente na missão de salvamento na Turquia. Não há números precisos no que diz respeito à Síria, mas pelo menos 3.300 voluntários dos Capacetes Brancos atuam no norte do país.

Voluntários usam as próprias mãos para ajudar
Voluntários usam as próprias mãos para ajudar Voluntários usam as próprias mãos para ajudar

Até agora, as autoridades da Síria e da Turquia já confirmam a morte de 11,7 mil pessoas por causa dos tremores que atingiram a região. A maior parte dos mortos, de acordo com as informações oficiais, está na Turquia — são ao menos 9.100.

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Na Síria, que enfrenta uma guerra civil, são mais de 2.600 mortos — metade deles em áreas controladas por rebeldes no norte e noroeste do país.

Além dos mortos e das pessoas resgatadas, quase 55 mil pessoas sofreram algum tipo de ferimento devido ao terremoto, principalmente por causa do desabamento dos quase 6.500 prédios na Turquia e na Síria. 

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Deficiências da Turquia

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reconheceu nesta quarta-feira (8) "deficiências" na resposta ao terremoto que abalou seu país e a Síria.

“Claro, há deficiências, é impossível estar preparado para uma catástrofe dessas”, disse o chefe de Estado, que visitou a província de Hatay (sul), uma das mais afetadas, na fronteira com a Síria.

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Em seguida, Erdogan mirou em supostas notícias falsas veiculadas nas redes sociais. "Algumas pessoas desonestas e sem honra publicaram declarações falsas, como a que não enviamos soldados nem policiais à província de Hatay", denunciou Erdogan.

"Nossos soldados e nossos policiais são pessoas que têm honradez. Não deixaremos que pessoas sem caráter falem deles dessa maneira", completou.

O presidente turco disse que 21 mil membros das equipes de resgate foram deslocados só para a província de Hatay. "Atuando assim, daremos uma resposta para o desastre a fim de que ninguém fique embaixo de entulho nem sofra", acrescentou a menos de quatro meses da eleição presidencial da Turquia.

Catástrofe na Síria

Os Capacetes Brancos, trabalhadores humanitários em áreas controladas por rebeldes na Síria, imploraram à comunidade internacional o envio de equipes de resgate para ajudá-los a salvar pessoas presas sob os escombros.

Essas áreas próximas à Turquia não contam com a ajuda do governo sírio e, muitas vezes, dependem da ajuda do governo de Ancara, que agora luta contra a catástrofe no próprio território.

"Pedimos à comunidade internacional que assuma a responsabilidade pelas vítimas civis. Precisamos que equipes internacionais de resgate entrem em nossas áreas", disse à AFP Mohammad Al Chebli, porta-voz dos Capacetes Brancos.

"É uma corrida contra o tempo, a cada segundo, morre gente sob os escombros [...]. Centenas de famílias continuam desaparecidas ou presas sob os escombros", afirma.

Desde o terremoto, mais de 3.300 voluntários dos Capacetes Brancos foram mobilizados, mas sua equipe e equipamentos são insuficientes. "Não há cães farejadores para determinar sob quais imóveis desabados há vítimas soterradas", diz Chebli.

Os socorristas trabalham em condições difíceis, no frio e à noite com tochas. São auxiliados pela população local, que tenta remover os escombros com picaretas e pás e, às vezes, com as próprias mãos.

Chances cada vez menores

Com o passar do tempo, "as chances de salvar pessoas ficam cada vez menores", disse o porta-voz dos Capacetes Brancos.

"Toda vez que conseguimos tirar pessoas vivas dos escombros, isso nos dá energia e esperança", afirmou Fatima al-Abid, voluntária dos Capacetes Brancos, à AFP.

Um vídeo que viralizou mostra uma multidão que explode de alegria enquanto as equipes de resgate retiram duas crianças dos escombros.

"A alegria dos socorristas foi indescritível", disse a voluntária, falando da cidade de Sarmada, na província de Aleppo.

Os Capacetes Brancos recebem financiamento estrangeiro. O Reino Unido anunciou na terça-feira (7) que fornecerá mais 900 mil euros (US$ 965 mil) em ajuda. O Egito enviou uma equipe técnica e médicos.

Mais de 4 milhões de pessoas vivem nas áreas rebeldes do norte, perto da Turquia.

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