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Testemunha: aliado de El Chapo foi morto por recusar aperto de mão

Irmão de sócio do chefão contou na audiência desta segunda-feira (19) que guerra de cartéis começou depois que aliado não apertou a mão de Chapo

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Pistola cravejada de diamantes com as iniciais JGL (Joaquín Guzmán Loera)
Pistola cravejada de diamantes com as iniciais JGL (Joaquín Guzmán Loera)

Recusar um aperto de mão do traficante mais famoso do México, Joaquín 'El Chapo' Guzmán Loera, pode levar à morte. Foi o que revelou o irmão de um dos sócios do chefão na audiência desta segunda-feira (19), na corte federal do Brooklyn (EUA) onde acontece o julgamento dele.

Jesus 'El Rey' Zambada voltou a depôr após um recesso de três dias. Ele é irmão de Ismael 'El Mayo' Zambada, um dos principais parceiros de El Chapo no cartel de Sinaloa.

Reunião de chefões

Segundo Zambada, Rodolfo Carrillo Fuentes, deixou El Chapo de mãos abanando após uma reunião entre criminosos de várias organizações em 2004. Ele era irmão de Vicente Carrillo Fuentes, chefão do cartel de Juárez.


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"Quando Rodolfo estava saindo, Chapo estendeu a mão e disse 'até mais, amigo', e Rodolfo simplesmente deixou ele ali, com a mão no ar", contou a testemunha.

Virou guerra


Ele relatou que seu irmão, Ismael, comentou depois do incidente que seu "compadre Chapo está muito bravo" e que iria matá-lo porque não aguentava mais Rodolfo.

Rodolfo foi morto a mando de El Chapo na porta de um cinema. Em retaliação, Vicente ordenou o assassinato de Arturo Guzmán Loera, irmão mais novo de Chapo. Com isso, os cartéis de Sinaloa e Juárez entraram em uma guerra sangrenta que durou anos.


A testemunha também contou como um atirador matou um membro do cartel, Julio Bertrán-Leyva, a mando de Chapo, porque ele fez um envio de cocaína para Acapulco contra as ordens do chefe.

Suborno e armas

Zambada também contou que gastou mais de US$ 250 mil (cerca de R$ 940 mil) em subornos para militares mexicanos que tentavam capturar Guzmán depois que ele fugiu da cadeia em 2001.

Em agradecimento, o chefão chamou El Rey para conhecer sua casa nas montanhas de Sinaloa. Durante o café da manhã no esconderijo, El Chapo falou sobre um de seus assuntos favoritos, armas de fogo.

Contou que costumava disparar fuzis e até uma bazuca nas montanhas "para relaxar" e mostrou sua arma de estimação, uma pistola com o cabo cravejado de diamantes e suas iniciais, JGL (Joaquín Guzmán Loera), entalhadas.

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