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Unesco: 29 sítios históricos entram na Lista de Patrimônio Mundial

No Brasil, Paraty e Ilha Grande agora fazem parte dos 1121 locais, de 167 países, que se destacam pelas características naturais, culturais ou mistas

Internacional|Da EFE

Paraty e Ilha Grande entram na lista de patrimônios
Paraty e Ilha Grande entram na lista de patrimônios Paraty e Ilha Grande entram na lista de patrimônios

A Unesco inscreveu 29 novos sítios como Patrimônio Mundial durante a 40ª reunião de seu comitê, entre eles Paraty e Ilha Grande, no litoral sul do Rio de Janeiro, uma lista agora formada por 1121 locais que se destacam pelas características naturais, culturais ou mistas.

A diretora do Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, Mechtild Rössler, classificou em declarações à Agência Efe como "importante" o resultado da reunião, que terminará na quarta-feira, mas que já encerrou a análise sobre a inclusão de novos sítios na lista, que neste ano são dez a mais do que os incluídos no encontro anterior.

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A lista conta com sítios em 167 países. Dos 29 novos lugares inscritos, quatro são naturais, 24 culturais e um misto.

O sítio misto é justamente a proposta brasileira de Paraty e Ilha Grande, uma conquista inédita para a América Latina, porque reconhece tanto a cultura como a riqueza biológica da região.

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Paraty conta com ruas e casas construídas há mais de 200 anos e seu entorno é um refúgio para as espécies raras da Mata Atlântica.

A área demarcada pelo título da Unesco engloba quatro reservas naturais: o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e o Parque Estadual da Ilha Grande.

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Rössler considerou que outra conquista significativa na reunião realizada em Baku, capital do Azerbaijão, foi uma revisão do estado de conservação de 166 lugares ameaçados, entre os quais citou Veneza (Itália) e a Basílica da Natividade e a Rota de Peregrinação em Belém, que saiu neste ano da Lista do Patrimônio Mundial em Perigo.

Além disso, também saíram desta lista as fábricas de beneficiamento de salitre Humberstone e Santa Laura (Chile), o que foi considerado um êxito para a nação chilena.

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Ao contrário, as ilhas e áreas protegidas do Golfo da Califórnia (México), único local no mundo onde habita a vaquita marinha, espécie em estado crítico de extinção, foram declaradas Patrimônio Mundial em Perigo.

A diretora do Centro do Patrimônio Mundial afirmou que a organização dedica cada vez mais atenção ao estado de conservação dos locais, já que muitos deles enfrentam ameaças.

No entanto, de um total de seis locais propostos para a inscrição na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo, só o do México acabou sendo incluído.

No caso do Nepal, o Comitê decidiu dar ao país um ano de margem para realizar as medidas necessárias para evitar que o Vale de Katmandu seja incluído nesta lista, após um longo debate entre as delegações e o desejo expressado pelo Estado de que o local não fosse inscrito.

A Unesco também não chegou a incluir o sítio arqueológico da Babilônia, a 85 quilômetros ao sul de Bagdá, após uma intensa polêmica em torno da proposta do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) que recomendava declará-lo Patrimônio Mundial em Perigo imediatamente depois de outorgar o status de Patrimônio da Humanidade.

Segundo o ICOMOS e vários países, a Lista em Perigo não deve ser vista como um castigo e nem uma sanção, mas, ao contrário, como uma oportunidade para atrair ajuda internacional científica e econômica para resolver os problemas.

Os debates do Comitê do Patrimônio Mundial se basearam nos relatórios dos órgãos consultivos da Unesco, do ICOMOS e da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), mas as avaliações não estiveram isentas de polêmicas, já que alguns países ignoraram em várias ocasiões as recomendações do ICOMOS durante a reunião.

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