Venezuelanos se preparam para eleições municipais de domingo
Internacional|Do R7
Alberto Andreo. Caracas, 6 dez (EFE).- Venezuelanos e estrangeiros com mais de 10 anos de residência no país começaram nesta sexta-feira o fim de semana das eleições municipais, pois domingo elegerão 337 prefeitos, perto de 2.500 vereadores e, em alguns casos, representantes indígenas, para os próximos quatro anos. Em uma relativa calma após várias semanas frenéticas de atividades de campanha e com um encerramento que teve a participação do governo em Caracas, enquanto a coligação de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) optou por Maracaibo, outra das grandes cidades em disputa, os venezuelanos já aguardam o domingo. A MUD teve hoje uma reunião com a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, na qual discutiram o suposto abuso de poder pelo Governo durante a campanha eleitoral. "O poder foi mais abusivo que em qualquer outro processo eleitoral", declarou a jornalistas o representante da MUD, Cristóbal Fernández, na saída da reunião com Lucena, que definiu como "muito cordial". Fernández pediu, em nome da MUD, que o CNE "cumpra seu papel" e freie o descumprimento da lei eleitoral. O chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada (Ceofanb), Vladimir Padrinho, disse em entrevista a "Globovisión" que 156 mil soldados sob seu comando, entre soldados regulares e milícia, garantirão que as regras do CNE sejam cumpridas por todos. Em entrevista ontem no mesmo canal, o reitor do CNE e único dos cinco diretores que simpatiza com a oposição, Vicente Díaz, qualificou a campanha para as eleições municipais como "a mais oportunista" realizada na Venezuela em "muitos anos". "É uma campanha que está marcada pela institucionalização do ++ventajismo++", afirmou e exemplificou com o decreto, no mesmo dia das eleições, pelo presidente Maduro como o "Dia da Lealdade a Hugo Chávez", presidente morto em 5 de março, e que coincidentemente foi a última aparição pública antes de morrer. "Porque há eleições em 8 de dezembro não vamos lembrar nosso comandante Chávez em sua última proclamação? ", questionou Maduro em 5 de novembro, quando decretou a celebração que coincidirá com as eleições municipais deste domingo. EFE aa/cd (fotos)