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Audiência sobre assassinato de Lorenza é suspensa e não tem data para retornar

Defesa e acusação solicitaram novos dados à perícia técnica; promotor acusado do crime ainda não foi interrogado 

Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7

Audiência aconteceu em Belo Horizonte
Audiência aconteceu em Belo Horizonte

Após dois dias de depoimentos, a audiência referente ao assassinato de Lorenza Maria Silva de Pinho foi suspensa. O acusado do crime é o marido dela, André Luís Garcia de Pinho, promotor afastado do Ministério Público de Minas Gerais. Segundo o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), a nova data para a retomada das oitivas será anunciada após a perícia apresentar quesitos técnicos solicitados pela defesa e pela acusação.

Das 37 pessoas relacionadas para depor, 13 falaram nesta segunda (8) e terça-feira (9). Entre elas, o pai, a irmã gêmea, a madrasta de Lorenza e dois filhos do casal. Em entrevista à Record TV Minas, André, que tem o mesmo nome do pai, voltou a defender a inocência dele e acha que a mãe pode ter morrido engasgada. “Eu tenho certeza absoluta que meu pai é inocente. Com tudo que eu vivi minha vida inteira, tenho certeza”, disse.

Já o pai de Lorenza, Marco Aurélio Silva, acredita que a Justiça tem provas robustas contra Pinho para que o promotor seja condenado. “É a dor que estava faltando, mas é o início do fim. A Justiça está sendo feita. O senhor André vai tentar adiar mais o julgamento, mas eu tenho certeza que no final de tudo ele será preso”, afirmou.

A expectativa era que o promotor falasse nos primeiros dias de audiência, mas ele ainda não foi interrogado. Segundo o advogado de defesa, Pedro Henrique Saraiva, Pinho será ouvido apenas após o depoimento de todas as testemunhas. Apesar disso, ele acompanhou alguns depoimentos dentro do auditório onde acontecia a audiência.


Denúncia

Desde agosto do ano passado, Pinho virou réu pelo assassinato da esposa. Ela foi encontrada morta, em abril de 2021, no apartamento em que morava com a família, no bairro Buritis, na região oeste de Belo Horizonte.

Na denúncia contra o promotor, o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) apontou três agravantes para o crime de feminicídio: motivo torpe, meio cruel e meio que dificultou a defesa da vítima. Pinho está detido em prisão preventiva desde a época do crime, mas continua recebendo o salário por sua função como promotor.

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