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Defesa confia em depoimento de gerente de seguradora para absolver estudante acusada da morte do pai

Érika Passarelli teria interesse em seguro de vida no valor de R$ 1 milhão

Minas Gerais|Márcia Costanti, do R7 MG

O depoimento do gerente de uma seguradora reunido a um "conjunto de provas acerca do perfil de boa filha" de Érika Passarelli Teixeira, devem embasar a defesa da jovem, que é acusada de planejar a morte do próprio pai para receber R$ 1 milhão em seguros. Segundo Zanone de Oliveira, advogado da ré, a defesa recebeu "com tranquilidade" a notícia de que a cliente deve ir a júri popular pelo crime em data ainda não definida. A informação foi confirmada ontem (14) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

O defensor da ex-estudante de direito ressalta que a defesa "acredita na absolvição" e que reuniu uma série de provas de que a jovem era "a filha mais querida" de Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, encontrado morto em uma estrada de Itabirito, na Grande BH, em 2010. Cartas de Érika para o pai e a comprovação de visitas que ela fazia à ele no presídio no tempo em que ele ficou detido são algumas das apostas da defesa para convencer os jurados de que a acusada era "a filha mais carinhosa" da vítima.

— A única coisa que pesa contra ela é isso, a questão dela constar como única beneficiária do seguro de vida dele [o pai]. Mas nós temos um conjunto de provas e depoimentos de testemunhas que confirmam o perfil dela como boa filha.

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Uma das apostas mais importantes dos advogados de Érika é o depoimento do gerente da seguradora onde o pai dela registrou a apólice do seguro de vida, avaliado em cerca de R$ 1 milhão. De acordo com o advogado, a testemunha afirmou que Filho tinha liberdade para mudar o beneficiário ou mesmo desfazer o seguro, mas que estava "muito tranquilo" quando assinou o contrato.

Ainda de acordo com Oliveira, a defesa pretende entrar com novos recursos para que sejam retiradas as qualificadoras do crime de homicídio.


"Depressão" teria motivado golpes

Érika responde ainda por aplicar uma série de golpes em lojas de roupas de Belo Horizonte usando cheques falsificados. O advogado dela, no entanto, nega a acusação e argumenta que ela "estava muito consumista na época da morte do pai", devido à "forte depressão" que sofreu.


— Vários cheques voltaram sem fundo porque ela foi presa e não teve tempo de compensar os valores. Mas muitos já foram ressarcidos. Não acredito que isso vá atrapalhar o julgamento não.

O caso

Mario José Teixeira Filho, 50 anos, foi assassinado às margens da BR-356 em Itabirito, na Grande BH, no dia 5 de agosto de 2010. O ex-namorado de Érika, Paulo Ricardo de Oliveira, e o pai dele, Santos das Graças Alves, cabo da PM, também respondem pelo homicídio. Somente Érika está presa. Ela foi encontrada em março de 2012 em uma casa de massagens no Rio de Janeiro, onde trabalhou disfarçada por um ano e meio, foragida da polícia mineira. Ela também responde por uma série de golpes em lojas de roupas por usar cheques falsificados.

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