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Delegado vira réu por morte de motorista após briga de trânsito

Agente da Polícia Civil teve a prisão preventiva decretada; ele atirou contra o homem na região central de Belo Horizonte

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Delegado atirou no motorista Anderson Cândido Melo
Delegado atirou no motorista Anderson Cândido Melo Delegado atirou no motorista Anderson Cândido Melo

A Justiça de Minas Gerais recebeu a denúncia de homicídio do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) contra o delegado Rafael de Souza Horácio, de 42 anos, pela morte de um motorista de caminhão de reboque na região central de Belo Horizonte. Com a medida, o agente da Polícia Civil se torna réu no caso, na quarta-feira (10).

Após a decisão, a juíza Bárbara Heliodora Quaresma Bonfim, do 1º Tribunal do Júri, também converteu a prisão do investigado em preventiva. Na denúncia, Horácio foi acusado de homicídio qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.

“O crime foi cometido por motivo fútil, consistente em insatisfação do denunciado quanto à manobra de trânsito levada a efeito pela vítima quando da condução de seu veículo. E ainda foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa de Anderson, uma vez que ele foi alvejado de forma repentina, imediatamente após ter sua passagem obstruída pelo delegado”, informa comunicado do MPMG sobre o embasamento da denúncia.

O crime aconteceu no último dia 26 de julho, na saída do viaduto oeste, no Complexo da Lagoinha. A vítima é o reboquista Anderson Cândido Melo, de 44 anos. Segundo consta no inquérito, o investigado teria alterado a cena do crime.

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Anderson Cândido Melo foi atingido com um disparo de arma de fogo. O delegado, que estava em uma viatura descaracterizada, disse que foi fechado pelo motorista do caminhão e agiu em legítima defesa após a vítima recusar uma ordem de parada.

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Após pedido da Justiça de prisão temporária, o policial se apresentou à Corregedoria da Polícia Civil, no bairro Santo Agostinho, na região centro-sul de Belo Horizonte, no dia 30 de julho. Horácio foi preso e teve recolhida a carteira funcional da Polícia Civil.

O delegado ainda vai responder a um processo administrativo da corporação e pode ser demitido. No documento postado pelo Diário Oficial do Estado sobre o procedimento, consta que Horácio "praticou, em tese, as transgressões disciplinares de natureza grave, que enseja aplicação da pena de demissão".

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