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Fake news sobre sanduíche com carne de cão esvazia trailer em MG

Família dona da lanchonete foi alvo de ameaças após divulgação das informações falsas; caso aconteceu em Pedro Leopoldo

Minas Gerais|Luiz Casoni, Da RecordTV Minas

Uma fake news sobre a venda de sanduíches supostamente feitos com carne de cachorro tem prejudicado um trailer de lanches em Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte. Além da diminuição das vendas, a família do proprietário foi alvo de ameaças após as acusações falsas serem divulgadas nas redes sociais.

Vídeo do dono da lanchonete desossando um cordeiro foi manipulado
Vídeo do dono da lanchonete desossando um cordeiro foi manipulado

Tudo começou com a circulação de um vídeo onde o dono do trailer, Igor Luciano Alves, aparece desossando um cordeiro. A publicação que gerou a confusão foi feita com uma montagem do vídeo original.

A postagem dizia que o animal era um cão e que a carne do cachorro estaria sendo vendida nos sanduíches da lanchonete.

No áudio divulgado, é possível ouvir a voz de uma mulher que afirma que a lanchonete da família de Alves "estava matando cachorro pra fazer sanduíche". Com isso, começaram as ameaças de linchamento.


Vídeo manipulado

Igor Luciano Alves, o dono do trailer, afirma tudo não passou de um grande mal entendido. Ele explica que, como também é açougueiro, foi contratado poucos dias antes do Natal por um criador de cordeiros para desossar alguns animais. Ele então resolveu gravar o trabalho e postar o vídeo em uma rede social.


“O meu vídeo original tem dois minutos. A pessoa que pegou o meu vídeo cortou o início, pegou o meio do vídeo, deu um zoom na tela e colocou 30 segundos nas redes sociais”, explica Alves.

Asadi Manssur, dono da criação de cordeiros, lamentou a situação e defendeu o dono da lanchonete. "Neste país, eu posso afirmar para vocês que não é fácil ser empreendedor. O Igor sim, tá lutando, é um cara honesto, um cara trabalhador", diz.


Equipes da Vigilância Sanitária estiveram no estabelecimento para apurar as denúncias e os técnicos não identificaram irregularidades.

Duas pessoas são suspeitas de terem espalhado a fake news e já foi registrado boletim de ocorrência contra cada uma delas. A RecordTV Minas tentou contato com ambas, mas não obteve resposta.

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