Médico acusado de violentar sexualmente pacientes em Itabira (MG) vira réu na Justiça
Danilo Costa, de 46 anos, foi preso no dia 3 de fevereiro; até o momento, 20 mulheres denunciaram o mastologista
Minas Gerais|Lucas Eugênio e Bruno Menezes, da RECORD MINAS

O médico Danilo Costa, acusado de violentar sexualmente pacientes e funcionárias de um hospital de Itabira, a 111 km de Belo Horizonte, virou réu nesta terça-feira (25). A informação foi confirmada pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais). O inquérito que apurou o caso foi concluído pela Polícia Civil no dia 14 de fevereiro.
Durante a investigação, 15 vítimas denunciaram o mastologista à polícia. Após a conclusão do inquérito, outras cinco mulheres relataram ser vítimas do médico, o que motivou a abertura de um segundo inquérito. Costa tem 46 anos e está preso desde o dia 3 de fevereiro.
A investigação foi iniciada depois que a filha de uma paciente em tratamento de câncer registrou um boletim de ocorrência denunciando que a mãe havia sido abusada sexualmente pelo médico. Ela contou que, logo ao entrar na sala, o médico cometeu o abuso. Após o ato, ele entregou a receita e o agendamento para uma nova consulta.
Na sexta-feira (21), o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) denunciou o profissional à Justiça por seis crimes de estupro consumado, dois crimes de estupro tentado e dois crimes de importunação sexual. Algumas pacientes que teriam sido vítimas do médico estavam em tratamento de câncer.
O Ministério Público também instaurou um procedimento cível para investigar a conduta omissa do hospital diante das denúncias, bem como, na esfera criminal, outro procedimento para investigar a conduta do diretor do hospital. O Hospital Nossa Senhora das Dores informou “desde o início das investigações, está à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos” e que, até o momento, a instituição “não foi comunicada oficialmente sobre este posicionamento do Ministério Público. O hospital não recebeu intimação para nenhum procedimento investigatório e não teme caso ele seja realizado.”
Segundo a investigação da polícia, há casos que ocorreram há dez anos, o que pressupõe que os abusos vinham ocorrendo há muito tempo. O caso ganhou repercussão em janeiro deste ano, quando foi instaurado inquérito para investigar as denúncias.