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Obra do Rodoanel de BH pode impactar água e Mata Atlântica

Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente critica o projeto do Governo de Minas e sugere traçado diferente para a Alça Sul

Minas Gerais|Raquel Rocha, da Record TV Minas e Samuel Resende*, do R7

Proposta da AMDA teria menos impactos
Proposta da AMDA teria menos impactos Proposta da AMDA teria menos impactos

A AMDA (Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente) apresentou, nesta quarta-feira (3), um traçado alternativo para a Alça Sul do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte. Os representantes da associação criticaram o projeto apresentado pelo Governo de Minas, que passa pelo segundo maior manancial responsável por abastecer a região metropolitana da capital.

Segundo eles, a construção dessa Alça Sul afetaria, diretamente, áreas remanescentes de Mata Atlântica nos municípios de Nova Lima e Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Além disso, com o traçado, os cursos d'água ficariam poluídos, haveria geração de lixo no local e os constantes barulhos gerados causariam o afastamento da fauna.

A AMDA ainda diz que, com a inauguração da rodovia, animais silvestres ficariam mais suscetíveis a atropelamentos e haveria aumento de incêndios florestais. A entidade também aponta que o avanço da ocupação humana ocasionaria destruição do que restou da Mata Atlântica na região de Brumadinho após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, da Vale, em janeiro de 2019.

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Falta de recursos

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Outro ponto citado é que a verba destinada ao meio ambiente seria muito pequena, de menos de 2% do valor total da obra. A construção do Rodoanel será custeada com recursos do acordo feito entre o Governo de Minas e a Vale para reparação da tragédia de Brumadinho. 

O documento não apresenta detalhes da nova rota proposta, mas ressalta que ela passaria por uma outra região e, segundo a associação, e traria menos impactos, além de encurtar as distâncias.

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— Há alternativas de muito menor impacto e custo, que não podem ser ignoradas. O Rodoanel é necessário, mas não mais que os serviços ambientais, sociais, culturais e econômicos prestados pela natureza.

Nesta quarta-feira (3), o Governo também promoveu a segunda audiência pública para discutir a alça Oeste do projeto. As próximas audiências estão marcadas para os dias 8 e 11 deste mês, para discussão das alças Sudoeste e Sul, respectivamente. Também está prevista a realização de uma reunião para apresentação do projeto completo, mas ainda sem data definida.

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O Governo de Minas foi procurado pela reportagem, mas ainda não se posicionou. 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli 

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