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PF prende empresário condenado por contratar assassinos da Chacina de Unaí (MG)

Segundo a defesa, José Alberto de Castro se apresentou após o STJ determinar o cumprimento da prisão provisória

Minas Gerais|Pablo Nascimento e Gabrielle Assis, da Record TV Minas

Fiscais foram mortos em 2004
Fiscais foram mortos em 2004

A Polícia Federal prendeu, na quinta-feira (14), o empresário acusado de envolvimento na morte de fiscais e de um motorista do Ministério Trabalho, em Unaí, a 590 km de Belo Horizonte. A prisão aconteceu 19 anos após o crime, depois de o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinar, na terça-feira (12), a execução provisória da pena. O caso ficou conhecido como a "Chacina de Unaí".

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O detido é José Alberto de Castro. O empresário foi apontado como responsável por intermediar a contratação dos assassinos, a pedido do amigo e também empresário Hugo Alves Pimenta. Castro recorria em liberdade à condenação de 58 anos de prisão.


Cleber Lopes de Oliveira, advogado de Castro, informou à reportagem que o cliente se entregou à Polícia Federal do Distrito Federal na quinta-feira (14). Segundo ele, o local foi escolhido por ser mais próximo à casa do condenado.

"Ele se apresentou voluntariamente. Decisão judicial a gente tem que cumprir. Obviamente, já recorremos contra ela junto ao Supremo Tribunal Federal", declarou.


O R7 procurou a PF e aguarda retorno. Carlos Calazans, superintendente regional do Trabalho em Minas Gerais, disse à reportagem que os outros três réus condenados que tiveram a prisão decretada pelo STJ ainda não foram presos.

A decisão do tribunal atendeu a um pedido do MPF (Ministério Público Federal). Para o colegiado, até que haja pronunciamento definitivo do STF sobre o tema, permanece válido trecho do Código de Processo Penal (CPP) que prevê o início da execução provisória no caso de condenação por um tribunal do júri a pena igual ou superior a 15 anos de reclusão, sem prejuízo dos recursos que eventualmente sejam apresentados.


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Relembre o caso

A Chacina de Unaí aconteceu na zona rural da cidade, no dia 28 de janeiro de 2004. As vítimas foram os fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista deles, Ailton Pereira de Oliveira.

O crime aconteceu durante uma fiscalização rotineira. A denúncia do MPF (Ministério Público Federal) revela que, à época, havia relatos de exploração de trabalhadores na região. O alvo dos criminosos seria apenas um dos fiscais, mas todos os servidores presentes no local também foram mortos.

Ao todo sete pessoas foram condenadas pelo envolvimento no crime. Dentre elas, o fazendeiro e ex-prefeito da cidade Antério Mânica, acusado de ser um dos mandantes do crime.

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