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PM investiga militar que denunciou propina na compra de vacina

Luiz Paulo Dominguetti Pereira é cabo da Polícia Militar e não poderia exercer atividade em empresa, segundo Polícia Militar

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Luiz Paulo Dominguetti Pereira presta depoimento na CPI da Covid
Luiz Paulo Dominguetti Pereira presta depoimento na CPI da Covid Luiz Paulo Dominguetti Pereira presta depoimento na CPI da Covid (Pedro França/Pedro França/Agência Senado)

A Polícia Militar de Minas Gerais abriu uma investigação contra o cabo Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que representou a empresa norte-americana Davati Medical Supply em uma suposta transação para compra de vacinas contra a covid-19 que teria envolvido um pedido de propina por parte de um ex-diretor do Ministério da Saúde

Dominguetti presta depoimento na manhã desta quinta-feira (1º) na CPI da Covid, no Senado Federal. 

De acordo com a Polícia Militar, o homem está lotado, atualmente, no 64º Batalhão, em Alfenas, a 390 km de Belo Horizonte, na região Sul do Estado. Antes disso, ele teve uma passagem de um ano e três meses no GMG (Gabinete Militar do Governador) entre 2019 e 2020, durante o mandato do atual governador Romeu Zema (Novo). 

Dominguetti era segurança nas instalações prediais do Governo do Estado mas, de acordo com a PM, a chefia do Gabinete Militar pediu seu afastamento da função "por não corresponder ao perfil necessário de atuação no referido órgão". A polícia não detalhou qual perfil seria esse. 

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Investigação

A Polícia Militar instaurou um Relatório de Investigação Preliminar nesta quarta-feira (30) contra o cabo Luiz Paulo Dominguetti Pereira, "para apurar possíveis condutas que ferem o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais e o Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais".

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De acordo com o órgão, militar da ativa que participa de firma comercial ou empresa industrial de qualquer natureza, ou neças exerça função ou emprego remunerado pode ser enquadrado em "transgressão disciplinar". 

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Denúncia

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Nesta quinta-feira, Dominguetti reafirmou à CPI da Covid a denúncia de que ouviu, do então funcionário do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, o pedido de propina para comercializar vacinas contra a covid-19.

Segundo ele, em 25 de fevereiro em um restaurante de um shopping de Brasília, Dias exigiu US$ 1 por dose de vacina comprada. O valor sugerido para cada uma das 400 milhões de doses da AstraZeneca oferecidas pela intermediária Davati seria de US$ 3,50.

Três integrantes da pasta, segundo ele, receberam oficialmente a proposta da Davati: Roberto Dias, Elcio Franco, ex-secretário da Saúde e hoje na Casa Civil, e Laurício Monteiro Cruz. diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis.

Diante do pedido de propina, a negociação foi interrompida, explicou Dominguetti.

- Eles me disseram para pensar direitinho e levar no dia seguinte ao ministério uma nova proposta. Eu fui e entreguei a mesma, de US$ 3,50

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