Polícia pede renovação da prisão de 16 integrantes de grupos de extermínio
Entre os pedidos estão os de prisão preventiva para suspeitos da morte de dois jornalistas
Minas Gerais|Do R7 MG
A Polícia Civil pediu a renovação da prisão de 16 pessoas indiciadas por integrar grupos de extermínio em Ipatinga, no Vale do Aço. Entre os pedidos está o de prisão provisória para Alessandro Neves Augusto, o Pitote, e o policial civil Lúcio Lírio Leal, apontatos como os responsáveis pelas mortes dos jornalistas Rodrigo Neto e Walgney Assis de Carvalho. O pedido foi encaminhado à Justiça na terça-feira (13).
Pitote e Leal cumprem prisão temporária, que vence nesta sexta-feira (16). A polícia não aponta as razões para a morte de Neto, mas destaca o trabalho do repórter na investigação de crimes praticados por policiais no Vale do Aço.
O radialista foi assassinado com três tiros, na madrugada de 8 de março, no bairro Canaã, em Ipatinga. Pouco mais de um mês depois, no dia 14 de abril, o fotógrafo Walgney Assis de Carvalho, também foi morto a tiros, em um pesque e pague da cidade de Coronel Fabriciano.
Os inquéritos foram concluídos e entregues à Justiça, com o indiciamento de Pitote pelas duas mortes. No assassinato de Rodrigo Neto, as apurações apontaram que ele agiu com a ajuda de Lúcio Lírio Leal. As investigações foram conduzidas pela Força Tarefa Ipatinga, criada em abril deste ano, composta por quatro delegados, três escrivães e 12 investigadores.
O grupo também apurou a autoria do assassinato de outras 12 pessoas, entre 2007 e 2013, em Ipatinga e municípios vizinhos. Além dos 16 indiciados, outras três pessoas foram presas em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo.