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Vale deve pagar R$ 5 mi a jovem que perdeu família em rompimento

Lama da barragem de Brumadinho (MG) tirou as vidas do filho, do marido e da irmã mais nova da sobrevivente, que também foi arrastada pelo rejeito

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Onze vítimas da barragem seguem desaparecidas
Onze vítimas da barragem seguem desaparecidas Onze vítimas da barragem seguem desaparecidas

A mineradora Vale foi condenada a pagar R$ 5,6 milhões em indenização a uma sobrevivente de Brumadinho que perdeu o filho, então com 1 ano e 6 meses, a irmã mais nova e o marido no rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão.

O valor determinado pela juíza Perla Saliba Brito, da Primeira Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Brumadinho, é referente a cada um dos parentes mortos e aos impactos que a tragédia teve na vida dela. Assim, a sobrevivente deve receber:

• R$ 2 milhões pela morte do filho;

• R$ 1,5 milhão pela morte do marido

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• R$ 1,5 milhão pela morte da irmã

• R$ 200 mil pela perda da casa;

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• R$ 200 mil pelos traumas físicos e mentais;

• R$ 100 mil pelos danos causados no meio ambiente em que a jovem vivia;

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• R$ 150 mil pelos danos estéticos e moral.

Na decisão, a magistrada destacou que a futura indenizada também foi arrastada pela lama de rejeitos, sofrendo diversas lesões pelo corpo. Ao fazer o pedido de indenização, a sobrevivente relatou que continou viva “por um milagre”. Desde então, a jovem não conseguiu voltar a trabalhar e passou a fazer tratamentos psicológicos e psiquiátricos.

Leia também: Liquefação causou rompimento de barragem

“Um dos registros mais emblemáticos da tragédia foi o resgate da autora no lamaçal, com o auxílio de uma corda”, ressaltou a juíza na decisão.

Danos materiais

A Vale também deve pagar à sobrevivente uma indenização por danos morais. Em relação à morte do marido, o valor será de 2/3 do salário R$ 1.653,48 que o homem recebia à época, até a data em que ele completaria 76 anos.

Já a quantia relacionada à morte do filho do casal, a jovem deve receber 2/3 do salário mínimo vigente à época do rompimento, da data em que o menino completaria 14 anos até o momento em que ele atingisse 25 anos. Depois desse período, a pensão passa a ser de 1/3 do salário até a data em que o filho fizesse 76 anos.

A tragédia de Brumadinho aconteceu em 25 de janeiro de 2019, deixando 270 mortos e desaparecidos. Quase um ano e meio após o rompimento, 11 pessoas ainda não foram encontradas.

A reportagem procurou a empresa para comentar a decisão, mas aguarda retorno.

Quase um ano após a tragédia, rio Paraopeba segue contaminado:

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