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Reforma administrativa pode vir antes da tributária, diz Rodrigo Maia

De acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, tratar mudanças nos impostos do país é mais difícil por causa da complexidade do tema

Política|Do R7

Maia defende uso do pré-sal para repor perdas de estados e municípios
Maia defende uso do pré-sal para repor perdas de estados e municípios

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que a reforma administrativa pode andar mais rapidamente do que a tributária no Legislativo. Ele afirmou esperar que o governo encaminhe essa semana ou, no máximo, na semana que vem a reforma administrativa para o Executivo.

Segundo ele, a reforma administrativa e a desindexação orçamentária são prioridade. Ele minimizou, porém, qualquer possível atraso na reforma tributária.

Leia mais: Maia diz que reforma tributária precisa incluir Estados

"A reforma tributária é mais complexa (que a administrativa), mas temos muitos deputados para tratar todos os temas", disse o presidente da Câmara, durante a premiação Empresas Mais, promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceira com o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.


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No âmbito da reforma tributária, ele informou ainda que o ministro da Economia, Paulo Guedes, entendeu que deveria ceder recursos do pré-sal para repor possível perda de arrecadação dos estados e Municípios com a reforma.

Segundo ele, isso seria decisivo para que o Congresso consiga aprovar um imposto único nacional. "Os recursos do pré-sal representam uma participação decisiva do governo na reforma tributária. Facilita muito a nossa vida...", acrescentou Maia.


Ele ainda sinalizou que será necessário, dentro da discussão tributária, rever incentivos fiscais e definir quais setores são estratégicos e merecem receber o benefício.

Interesses individuais


Segundo Maia, o Estado brasileiro - incluindo o atual sistema tributário - tem funcionado nos últimos 30 anos para atender a interesses individuais e não coletivos.

"Construímos um Estado que foi capturado pelas corporações públicas e segmentos do setor privado, com muitos incentivos fiscais. O Estado que construímos custa muito, atende a uma parte da sociedade e o resto não é atendido", disse Maia.

Ele também fez um apelo na direção de um esforço maior na relação com a Europa, para que o acordo entre Mercosul e União Europeia possa andar. "Depois de reformas, precisamos ter abertura comercial, comércio fechado também privilegia interesses particulares", comentou.

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