Correia banhada a óleo, dentada ou corrente de comando: entenda as diferenças
Soluções diferentes são usadas conforme o projeto do veículo e manutenção preventiva é o segredo

Os motores atuais são muito menores e mais eficientes do que os propulsores dos carros de 30, 40 ou 50 anos atrás. Cada vez mais eficientes, esses motores têm foco na eficiência e redução das emissões de poluentes.
Hoje um motor de um Chevrolet Onix, Fiat Argo ou Volkswagen Polo não emite nem 5% das emissões de um Chevrolet Corsa, Fiat Uno ou Volkswgen Gol do passado. Ao analisar a construção dos motores modernos, três sistemas de sincronização entre virabrequim e comando de válvulas são utilizados pelas montadoras: correia dentada, corrente de comando e a mais recente correia banhada a óleo. Quais são as diferenças entre eles? Qual deles é melhor para o carro?
Correia dentada: leve, elástica e de manutenção programada mais em conta
A correia dentada é o sistema mais antigo e tradicional que usa uma cinta de borracha reforçada com fibras que sincronizam o movimento do virabrequim com o comando de válvulas e, em muitos casos, com periféricos como alternador e bomba d’água. É comum em motores de pequeno e médio porte. Foi usada amplamente nos carros brasileiros como Corsa, Fiat Uno, Gol/Voyage e Parati, Ford Escort e tantos outros, mas ainda é usada hoje, por exemplo, nos motores Volkswagen TSI.

Vantagens e desvantagens
Esse tipo de corrente é mais leve e silenciosa que a corrente e pode acionar, por exemplo, a bomba de água num sistema único e mais simples. A troca da correia dentada é mais barata e custa entre R$ 70 e R$ 500 e a mão de obra de R$ 300 a R$ 1.500. Porém, precisa ser trocada em um intervalo de 50 mil km preventivamente. Se a correia se romper pode haver um prejuízo maior no motor.

Corrente de comando: durável e praticamente livre de manutenção, porém mais cara
A corrente de comando é igual a uma corrente de bicicleta ou de motocicleta. É feita de elos metálicos que se movimentam sobre engrenagens dentadas. É adotada principalmente em motores maiores ou de uso mais severo.

Vantagens e desvantagens
A corrente de comando tem alta durabilidade: geralmente não precisa de substituição ao longo da vida útil do motor. Também é mais resistente ao desgaste mecânico e às variações de temperatura. Porém, é mais pesada, ruidosa, só serve para acionar o motor e não itens como a bomba d’água e alternador. Sua troca é bem cara e a troca se necessária pode custar cerca de R$ 2 mil além da mão de obra.

Correia banhada a óleo: misto entre as duas soluções
Mais recentemente, alguns fabricantes passaram a utilizar correias dentadas banhadas a óleo, também chamadas de “correias internas” ou correias lubrificadas. Foi o caso do Ford Ka e Citroën C3 1.3 e hoje é usado na linha Chevrolet Tracker, Onix e Montana. A correia banhada a óleo fica no bloco do motor, protegidas por uma capa e lubrificadas pelo próprio óleo do motor.
Vantagens e desvantagens
Essa solução gera baixo atrito e ruído, além de ter durabilidade maior em relação à Correia dentada externa, e mais barata que a corrente de comando. Porém, é muito sensível à lubrificação e precisa ter o óleo trocado rigorosamente a cada 10 mil quilômetros usando o produto recomendado pelo fabricante.

É possível escolher?
Não. Quem determina o tipo de transmissão é o fabricante do motor. O trabalho das peças varia para cada tipo de material como borracha, corrente e correia e não é possível fazer adaptação.

Enquanto a correia dentada continua sendo amplamente usada por sua leveza e custo, a corrente é mais comum em veículos que exigem maior robustez e menor manutenção. Já a correia banhada a óleo surge como um meio-termo moderno, combinando leveza e durabilidade — desde que o projeto seja confiável e a manutenção preventiva, seja seguida à risca. Também não há sistemas “melhores” ou “piores”, pois o que muda é a manutenção preventiva feita no intervalo correto.
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