Teste: T-Cross Highline explica porque Taos vende pouco no Brasil
Testamos a versão mais completa do T-Cross com motor 1.4TSI e nível elevado de desempenho igual ao Taos, que é mais caro
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
A Volkswagen oferece na linha do T-Cross somente uma versão com motorização 1.4TSI de 150cv, que é a Highline. Com nível elevado de equipamentos de segurança, entretenimento e conforto, o SUV compacto pode explicar o motivo do Taos ainda vender pouco no Brasil.
O R7-Autos Carros testou o SUV compacto da Volkswagen por uma semana, o suficiente para avaliar seus recursos e desempenho. E o carro que chegou em 2019 nunca sofreu mudanças tão profundas, o que deve acontecer este ano, mas se destaca pelos itens de série.
A versão Highline testada traz itens como teto solar panorâmico elétrico, bancos em couro, painel digital personalizável, multimídia Volksplay de 10,1” com conexão sem fio Apple CarPlay e Android Auto, ar condicionado automático Climatronic de uma zona, chave presencial e partida por botão, retrovisores rebatíveis, faróis em LED entre outros recursos.
Na versão mais equipada a lista de itens de segurança inclui controle de Cruzeiro adaptativo, alerta e frenagem automática, mitigação de colisão além dos obrigatórios airbags (que no T-Cross são 6), controle de tração e estabilidade e freios a disco nas quatro rodas e ABS dianteiro.
Mas há deslizes, como a ausência do sistema de ponto cego que evita colisões laterais com outros veículos. Faz falta em um carro com apelo de segurança.
Também se notam algumas economias “tradicionais” nos modelos da marca, como a falta das alças de apoio no teto e um ajuste elétrico ao menos no banco do motorista. Há ainda trilho aparente nos bancos e um tapete bem fino para completar o conjunto de um carro que poderia ser mais completo.
Bom de dirigir
O T-Cross Highline é muito desenvolto no trânsito com acelerações vigorosas e frenagens seguras. Por ser menor que o Taos também é fácil de estacionar, contando ainda com assistente automático de uso simplificado.
O motor TSi 1.4 “sobra” para o T-Cross mantendo suas características, incluindo também alguns pequenos trancos a bordo por conta do câmbio Aisin. É questão de costume.
A bordo, o carro é tecnológico com a boa multimídia Volksplay que desta vez travou apenas uma vez sob alta temperatura de quase 30 graus em São Paulo. Embora não seja tão grande quanto o Taos, o T-Cross tem o tamanho ideal e ninguém vai reclamar de falta de espaço.
Mas o que o Taos tem a ver com isso?
O Taos é o SUV médio da Volkswagen que traz exatamente os mesmos itens de série, porém em um tamanho maior. São 498 litros de porta malas contra 373 litros do T-Cross (podendo chegar a 420 com ajuste de bancos traseiros, mas que irá comprometer o conforto dos passageiros). Maior e melhor para viajar, ele entrega alguns itens a mais, porém poucos dos quais o comprador pode perceber.
O Taos traz itens como alerta de ponto cego e sistema de manutenção na faixa, controle adaptativo com Stop&Go, ar condicionado de duas zonas e freio de estacionamento eletrônico. No mais, seu pacote de entrega é similar ao do T-Cross. Até mesmo os deslizes de acabamento.
E no modelo compacto o desempenho é melhor uma vez que o T-Cross Highline usa motor 1.4TSi flex de 150cv e 25,5kgfm de torque com câmbio automático de seis velocidades. Porém o T-Cross leva a vantagem por ser um pouco menor e mais leve. O compacto chega aos 204km/h de velocidade máxima enquanto o Taos vai até 194km/h. O 0-100km/h do Taos é de 9,4 e o do T-Cross 8,7s.
Com algumas variações, o T-Cross Highline custa R$ 165,9 mil, mas com adicionais de tecnologia e teto solar vai encostar nos R$ 180 mil. Já o Taos tem preço inicial de R$ 182 mil na Comfortline e com os mesmos equipamentos da Highline sobe para R$212 mil. Assim, boa parte dos consumidores opta por um carro com o mesmo perfil e praticamente os mesmos itens de série com uma economia de R$ 30 mil.
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