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O legado familiar na produção artesanal de selas no interior de São Paulo

Silvia Arioli Arruda de Souza participou do evento no Haras EFI, em Itu, no último final de semana, durante o 1º Ranch Sorting Weekend

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

Silvia Arioli Arruda de Souza, da GA Western Store e Ga Selaria Foto cedida: Silvia Arioli Arruda de Souza

Assim que cheguei ao Haras EFI, me deparei com as selas produzidas pela família de Silvia Arioli Arruda de Souza. Além das selas, diversos acessórios estavam expostos.

Natural de Jaguariúna, interior de São Paulo, e com um sorriso cativante, Silvia foi uma das participantes do curso com o instrutor e professor de Ranch Sorting, João Salla. Em poucos minutos, a empresária deixava a cena para dar espaço à esportista.

Vem comigo acompanhar essa conversa bacana com Silvia Arioli Arruda de Souza, da GA Western Store e GA Selaria.

Mundo Agro: Silvia, você está no ramo há quanto tempo?


Silvia Arioli Arruda de Souza: Há 36 anos. A loja começou com meu pai e minha mãe, e nós crescemos dentro dela. Nosso foco é selaria e moda country.

Mundo Agro: A sela, tanto para quem vai montar quanto para o animal, é fundamental, não é?


Silvia Arioli Arruda de Souza: Sim, ela precisa proporcionar conforto para ambos. O conforto e o encaixe, tanto para o animal quanto para o cavaleiro. Hoje, trouxe duas vertentes: uma sela de passeio, voltada para o público do Mangalarga, uma sela exclusiva que fabricamos, voltada para a pista, para cavalos de exposição e passeio.

Mundo Agro: Qual a diferença entre as três que estão expostas aqui?


Silvia Arioli Arruda de Souza: O principal é o estilo. Temos o estilo australiano, que se adapta ao comportamento do animal, especialmente o Mangalarga. O estilo americano, que é uma tendência dos Estados Unidos, usado para cavalos de quarto de milha, de lida e de prova. São cavalos com arrancada e mobilidade diferentes. Para esses, a sela é um pouco mais funda, com detalhes para o encaixe do cavaleiro. Também temos a sela de assento mais alto, chamada bohaina, que proporciona um encaixe na perna, fazendo com que o cavaleiro fique bem posicionado. Esse tipo de sela é mais voltado para o esporte, pois a prova de marcha exige uma postura correta na equitação.

O legado de uma família na produção de selas no interior de São Paulo Foto cedida: GA.Selaria

Mundo Agro: A produção é artesanal? Quanto tempo demora para uma sela dessas ficar pronta?

Silvia Arioli Arruda de Souza: Sim, temos um artesão que trabalha conosco há 25 anos. O seleiro, Luciano, está na empresa há todo esse tempo, e também temos dois ajudantes. Essa sela aqui, por exemplo, demora cerca de quatro dias para ser finalizada. Todo o processo é feito à mão, sem máquinas. A única parte importada é o estribo, que é bem leve. Todo o resto é nacional.

Mundo Agro: Como está o mercado hoje? Como foi 2024 e qual a projeção para este ano?

Silvia Arioli Arruda de Souza: Eu acredito que o mercado não tem grandes altos e baixos. Quem é do segmento, continua. O ano de 2024 foi muito bom, nos surpreendemos positivamente. O mercado da raça Mangalarga foi incrível, e conseguimos abraçar mais essa demanda. O mercado de passeio também se manteve forte, que é nossa origem na loja. É um mercado bem aquecido, com eventos e rodeios que mantêm o movimento constante.

Mundo Agro: E o comércio online tem ajudado?

Silvia Arioli Arruda de Souza: Sim, tem ajudado bastante. Na minha loja, temos vendedores presenciais, mas todos eles atendem também pelo WhatsApp, e o Instagram é um canal muito importante para nós. Eu tenho um Instagram bem forte, tanto para selaria quanto para moda.

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Mundo Agro: Silvia, quanto custa uma sela?

Silvia Arioli Arruda de Souza: O preço varia de 3 mil a 10 mil reais, mas há selas de hipismo, como as alemãs, que podem chegar a R$ 25 mil.

Mundo Agro: Você participou do curso com o João Salla. Foi sua primeira vez no Ranch Sorting?

Silvia Arioli Arruda de Souza: Não, já fiz o curso e participei de três provas. Foi muito bom. O João Salla é muito didático, ele entende muito do assunto, e tira todas as dúvidas de forma clara, tanto na parte teórica quanto prática. Eu gostei muito.

Mundo Agro: O Salla pediu para os participantes falarem com a boiada, e percebi que você seguiu essa orientação. Ele até comentou que ninguém deve falar “caboiada”, certo?

Silvia Arioli Arruda de Souza: Isso mesmo! A comunicação é fundamental, principalmente com o boi manso. Quando você chega falando, ele já sabe o que tem que fazer.

Mundo Agro: O cavalo, para você, é...?

Silvia Arioli Arruda de Souza: O cavalo, para mim, é tudo o que eu tenho. Eu devo tudo na minha vida ao cavalo. Meu marido eu conheci por meio do cavalo, cresci em uma loja que vive do cavalo, e meus amigos também foram feitos através dessa paixão. Só tenho a agradecer ao cavalo por tudo o que conquistei.

Quer ver parte da produção artesanal de uma sela?

Veja no vídeo abaixo:

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