Pela primeira vez, mulheres serão maioria de pessoas formadas em medicina no Brasil
Total de profissionais mulheres vai chegar a 50,9% ainda em 2025; em 10 anos, será 56%
Saúde|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

As mulheres se tornarão maioria entre os médicos no Brasil em 2025 pela primeira vez na história, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (30). Ainda este ano, 50,9% do total de profissionais médicos do país será mulher.
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De acordo com a pesquisa Demografia Médica no Brasil 2025, o aumento “é expressivo”. Em 2009, as médicas representavam 40,5% do total, com homens sendo 59,5%. O equilíbrio começou a se alterar nos anos seguintes. Em 2024, a parcela feminina chegou a 49,%, “sinalizando a paridade iminente”.
A pesquisa indica que a tendência é que a participação feminina continue a crescer. Até 2035, mulheres serão 56% do total de médicos no país.
Médicos mais jovens
Outra questão identificada é sobre a idade dos médicos. Os dados indicam uma transformação significativa na estrutura etária, com aumento expressivo no número de médicos mais jovens, “ao passo que as faixas etárias superiores perdem participação relativa”, conclui.
A idade média da profissão era de 45,5 anos em 2009, com desvio padrão de 13,4, o que sugere uma distribuição relativamente equilibrada entre jovens e mais velhos.
Esse índice cai para 44,8 em 2024, com desvio padrão de 15,7, “que indica uma maior presença de jovens médicos, ao mesmo tempo que há uma dispersão maior na distribuição etária”.
A previsão para 2035 é que a média seja de 40,8 anos, com desvio padrão recuando para 14, demonstrando que a concentração de médicos mais jovens vai se intensificar.
Baixa concentração
No Brasil, apenas o Distrito Federal e o Rio de Janeiro têm a concentração de médicos superior à recomendação da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de 3,7 médicos por mil habitantes. Todos os outros estados estão abaixo, sendo que o Maranhão tem a menor quantidade, com 1,27.
A média do Brasil é de 3,08. O DF lidera o ranking disparado, com concentração de 6,28 médicos por habitantes. O RJ está em segundo lugar, com 4,2, seguido de São Paulo, com 3,76.
O Pará (1,37) e o Amapá (1,46) acompanham o Maranhão no fim da tabela, com as menores quantidades de médicos do país.
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