Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Remover apêndice reduz em 19% risco de Parkinson, diz estudo

O papel do pequeno órgão na ocorrência da doença é explicado pelo acúmulo, no apêndice, de uma proteína associada ao Parkinson, a alfa-sinucleína

Saúde|Do R7

Principal fator de risco para o mal de Parkinson é o avanço da idade
Principal fator de risco para o mal de Parkinson é o avanço da idade

A remoção do apêndice pode reduzir em 19% o risco de desenvolvimento de Parkinson, conforme indica estudo publicado nesta quarta-feira (31), na revista científica Science Translational Medicine.

O papel do pequeno órgão na ocorrência da doença é explicado, segundo os pesquisadores, pelo acúmulo, no apêndice, de uma proteína associada ao Parkinson, a alfa-sinucleína.

Leia também: Pessoas com Parkinson podem fazer parte de estudo com canabidiol

Estudos anteriores já haviam demonstrado excesso de formatos mutantes dessa proteína no cérebro de pacientes com Parkinson.


"Ela é capaz de viajar pelo nervo que conecta do trato gastrointestinal (onde está o apêndice) até o cérebro, se disseminar e ter efeitos neurotóxicos", disse Viviane Labrie, uma das autoras do estudo.

Realizada pelo Instituto de Pesquisa Van Andel, o estudo levantou os registros médicos de 1,6 milhão de suecos desde 1964. Por meio dos documentos, os cientistas puderam separar os pacientes que tinham passado pela cirurgia de retirada do apêndice e relacionar os grupos com e sem o órgão com aqueles que desenvolveram o Parkinson.


Saiba mais: Principal fator de risco do Mal de Parkinson é avanço da idade

Ao fim do estudo, os pesquisadores observaram que a incidência da doença entre os pacientes que tinham removido o órgão era 19 3% menor do que entre os indivíduos que não tinham passado pela cirurgia.


O achado, no entanto, só foi observado em pessoas que retiraram o apêndice de forma precoce, ou seja, anos antes do aparecimento da doença. Pessoas que removeram o órgão depois das primeiras manifestações do Parkinson (geralmente motoras, como tremores) não tiveram melhora no quadro.

Veja também: Novos tratamentos enchem de esperança pacientes com Parkinson

O estudo revelou ainda que a retirada precoce do apêndice (pelo menos 30 anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas) adiou em 3,6 anos o início do Parkinson.

Saiba como lidar com o mal de Parkinson:

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.