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Estados congelam valor do ICMS sobre combustíveis por 90 dias

Medida ocorre em meio ao aumento sequencial no preço da gasolina e do diesel por parte da Petrobras

Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília

Funcionários mudam preço de combustível em posto de Brasília
Funcionários mudam preço de combustível em posto de Brasília Funcionários mudam preço de combustível em posto de Brasília

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) anunciou nesta sexta-feira (29) o congelamento do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis por 90 dias. A medida ocorre em meio ao aumento exponencial do preço da gasolina e do diesel, que alavanca a inflação e acelera a deterioração econômica das famílias.

De acordo com o governo federal, a decisão tomada pelo grupo tem como objetivo "colaborar com a manutenção dos preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022". Em diversos estados, o litro da gasolina está passando de R$ 7.

O Confaz é um órgão formado pelos secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação dos estados e do Distrito Federal, e presidido pelo ministro da Economia. Ele tem entre suas funções celebrar convênios para a concessão ou a revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais e financeiros. 

O aumento do preço dos combustíveis ocorre em razão da alta do dólar e da política econômica do Ministério da Economia, que impacta diretamente o preço dos insumos. O último aumento aplicado pela Petrobras, divulgado na segunda (25), fez com que o litro da gasolina custasse R$ 0,28 a mais e o do diesel R$ 0,15 a mais. Com esse reajuste, o preço da gasolina nas refinarias neste ano já acumula alta de 74% e o do diesel, de 65%.

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Nesta quinta, a estatal de petróleo anunciou lucro de R$ 31,142 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Com isso, antecipou o pagamento de R$ 31,8 bilhões aos acionistas da empresa.

Segundo a Petrobras, o alinhamento de preços com os praticados no mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento em que há demanda atípica para este mês de novembro. A estatal informou na semana passada que havia recebido pedidos de distribuidores de diesel muito acima dos verificados nos meses anteriores e de sua capacidade de produção para novembro.

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De acordo com o presidente da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), Sérgio Araújo, apesar do aumento, existe uma grande defasagem em relação aos preços do mercado internacional.

Quadro preocupante

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O preço dos combustíveis, que vem subindo desde o ano passado, é uma preocupação cada vez maior dentro do governo. No último domingo, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou que não vai interferir na política de preços da Petrobras. Ele disse que é preciso pensar no que fazer com a estatal no futuro, pois a legislação deixa a companhia independente e cabe a ele apenas indicar seu presidente.

Para tentar diminuir a pressão, principalmente dos caminhoneiros, parte de sua base de apoio, Bolsonaro voltou a falar no domingo sobre o auxílio de R$ 400 que o governo dará à categoria para amenizar o custo do óleo diesel. Lideranças de caminhoneiros, porém, já disseram que precisam de uma solução estrutural para o problema, e não de um auxílio temporário.

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