O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou nesta quinta-feira (15) que foi alvo de operação da Polícia Federal por "perseguição" do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e do ministro da Justiça, Flávio Dino. O senador disse que já aguardava uma ação policial. "Já estava esperando, mas não no meu aniversário." Do Val completou 52 anos nesta quinta. Para o senador, a "vingança" de Moraes tem a ver com o pedido de convocação do ministro para a CPMI do 8 de Janeiro. "Eu sabia que poderia acontecer a qualquer momento. O ministro Alexandre de Moraes viu isso como uma afronta", afirmou o senador em entrevista ao R7.• Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram "Eu também sabia que o Flávio Dino estava para fazer alguma coisa contra mim. Já estava esperando essa busca e apreensão desde março e abril, quando soube que Dino faria essa operação", completou. À tarde, agentes da PF cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços do parlamentar, incluindo o gabinete no Senado. As autorizações foram expedidas por Moraes. Na ocasião, os agentes apreenderam documentos digitais e físicos, além do celular funcional do senador, um computador e uma arma, que é legalizada. Também por ordem de Moraes, o Twitter bloqueou a conta do senador. Do Val citou as reuniões que teve com o ministro e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que vai pedir que Moraes deixe a relatoria do inquérito em que o parlamentar é investigado por um suposto plano para gravar clandestinamente o ministro, em uma tentativa de reverter a derrota de Bolsonaro nas últimas eleições. "Se eu quisesse cometer algum ato antidemocrático, eu não teria avisado a ele sobre a reunião. O fato de eu ter ido à reunião não configura crime", disse o parlamentar. Do Val também afirmou que a operação expôs os demais parlamentares, que podem ser "monitorados" por meio das mensagens do celular apreendido durante a operação da PF.