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Naufrágio de barco no Mediterrâneo deixou 800 imigrantes mortos, estima ONU

Capitão e ajudante foram presos por homicídio múltiplo, naufrágio e apoio à imigração ilegal

Internacional|

Funcionários de Malta em Senglea recolhem corpos da tragédia que ocorreu no Mediterrâneo no último fim de semana.
Funcionários de Malta em Senglea recolhem corpos da tragédia que ocorreu no Mediterrâneo no último fim de semana. Funcionários de Malta em Senglea recolhem corpos da tragédia que ocorreu no Mediterrâneo no último fim de semana.

A Agência da ONU para os Refugiados (Acnur) estimou nesta terça-feira (21) em 800 o número de imigrantes mortos no naufrágio de um barco no Mar Mediterrâneo no domingo, cujo o capitão e um ajudante foram presos, conforme autoridades citadas pela imprensa italiana.

A porta-voz da Acnur na Itália, Carlotta Sami, disse na madrugada de hoje que, após interrogar a maior parte dos 27 sobreviventes que chegaram nas últimas horas de ontem ao país, é "possível dizer que pelo menos 800 morreram".

Os imigrantes que escaparam com vida chegaram às 23h45 locais de ontem (18h45 de segunda-feira em Brasília) ao porto italiano de Catânia, no sul do país, em um barco da Guarda Costeira. Outro sobrevivente foi levado de helicóptero a um hospital da região por apresentar uma série de complicações médicas.

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De acordo com as declarações de alguns sobreviventes, 700 e 950 pessoas estavam na embarcação. Cerca de 50 eram crianças e havia também outras 200 mulheres a bordo. Até agora foram localizados 28 corpos do mar, todos transferidos ao porto de Valletta, em Malta.

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O capitão do navio acidentado, de nacionalidade tunisiana, e seu ajudante sírio foram presos e acusados de homicídio múltiplo, naufrágio e de apoiarem à imigração ilegal por conduzirem a embarcação que afundou no litoral de Malta.

O promotor de Catânia, Giovanni Salvi, disse que ambos foram reconhecidos através de fotografias pelos sobreviventes que estavam a bordo do navio "Gregoretti".

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O naufrágio ocorreu na madrugada de domingo, quando a Marinha italiana, após receber um pedido de auxílio, pediu a um navio mercante português que estava na região para socorrer à embarcação que estava com problemas.

Segundo a primeira reconstrução dos fatos feita pelas autoridades, os imigrantes, ao verem a chegada de ajuda, foram todos para o mesmo lado da barcaça, fazendo-a virar, o que provocou o naufrágio. O novo acidente provocou uma grande comoção na Itália e na União Europeia.

O presidente do Conselho Europeu já convocou uma reunião extraordinária dos chefes de Estado e de governo do bloco para abordar a situação. 

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