A Polícia Federal abriu inquérito nesta sexta-feira (29) para apurar eventual responsabilidade criminal do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no colapso do sistema de saúde de Manaus (AM), que registrou falta de oxigênio em hospitais nas últimas semanas. A atribuição da investigação ficará a cargo do SINQ (Serviço de Inquéritos da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado).
Medidas como coleta de provas e de depoimentos de testemunhas determinadas pela Justiça passarão a ser adotadas a partir de agora. A decisão atende determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), que instaurou inquérito na última segunda-feira (25), estabelecendo um prazo de 60 dias para a sua conclusão. O minstro Eduardo Pazuello deverá ser ouvido pela Polícia Federal neste período.
A solicitação partiu do procurador-geral da República, Augusto Aras, que encaminhou pedido no sábado (23) ao STF, para a abertura de inquérito sobre a atuação do ministro da Saúde em relação à crise em Manaus.
O pedido é referente a representações feitas por partidos políticos, que relataram conduta omissiva do ministro e de seus auxiliares. Aras instaurou no último domingo (17) uma Notícia de Fato na qual requisitou esclarecimentos a Pazuello.
O ministro da Saúde está desde sábado (23) em Manaus, sem data para voltar, como afirmou o pasta. Pazuello disse que agiu para amenizar a crise e que o papel do ministério é somente de "apoio".