Poluição aumenta probabilidade de bebê nascer com autismo, diz estudo
Poluentes como diesel e mercúrio podem desencadear a doença
Saúde|Do R7
A exposição à fumaça de veículos, ar industrial poluído e outras toxinas ambientais podem aumentar drasticamente as chances de uma mãe ter um filho com autismo.
Os pesquisadores analisaram cerca de 100 milhões de pessoas nos EUA, além de estudarem as malformações congênitas em meninos como um indicador para a exposição dos pais à toxinas ambientais.
Várias observações já mostram uma ligação entre a poluição do ar e o autismo, mas o último estudo publicado na revista PLOS Computational Biology é um dos maiores a comparar os dois juntos.
O autor do estudo, Andrey Rzhetsky, da Universidade de Chicago, declara que o autismo parece estar fortemente correlacionado com a taxa de malformações congênitas dos órgãos genitais masculinos em quase todo o território americano.
— Isso corresponde ao fator ambiental que estamos estudando, e o efeito é surpreendentemente grave.
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O relatório analisou problemas congênitos associados à exposição à poluição dos pais, e as difunções apresentaram um aumento de 1%. Especificamente, este dado amplia a taxa de autismo para 283%.
Embora os resultados ainda estejam sendo analisados, os pesquisadores reforçam a teoria de que os poluentes ambientais, além do fator genético, desempenham um papel importante na evolução do autismo.
O autismo se caracteriza por um transtorno de desenvolvimento que dificulta as habilidades sociais e de comunicação.
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Basicamente, durante a gravidez, existem certos períodos sensíveis em que o feto está muito vulnerável a uma série de pequenas interferências, determinadas pelos cientistas como moléculas. Plastificantes, medicamentos, pesticidas ambientais, entre outras coisas.
— Algumas dessas pequenas moléculas conseguem alterar o desenvolvimento normal do feto, particularmente no sexo masculino. Os meninos são muito mais propensos a ter a doença.
Segundo a pesquisa, mulheres que vivem em um ambiente com alto índice de poluição tiveram duas vezes mais probabilidade de dar à luz uma criança com autismo.
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Os poluentes do ar contêm muitas toxinas que são conhecidas por afetar a função neurológica do feto. De acordo com os pesquisadores, diesel e mercúrio são as mais prejudiciais.
Uma em cada 88 crianças sofre de autismo, e os diagnósticos em meninos superam muito os das meninas, segundo o Centers for Disease Control and Prevention (Centro para o Controle e Prevenção de Doenças).