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Ação na Precisa Medicamentos apura fraude na compra de vacina

PF recolhe documentos da empresa para aquisição da vacina Covaxin em endereços de São Paulo, Brasília e Campinas

Brasília|Renato Souza e Lucas Nanini, do R7, em Brasília

Contratos para compra da vacina Covaxin são alvo de ação da PF
Contratos para compra da vacina Covaxin são alvo de ação da PF Contratos para compra da vacina Covaxin são alvo de ação da PF

A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (28) uma operação em endereços ligados à Precisa Medicamentos nas cidades de São Paulo, Brasília e Campinas. A corporação investiga supostas fraudes no contrato de compra da vacina Covaxin. 

A ação atende a uma determinação da 12ª Vara Criminal Federal do DF e cumpre 11 mandados de busca e apreensão. A PF conta com apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF).

O prejuízo pode alcançar mais de R$ 500 milhões aos órgãos públicos e às empresas que aceitaram as garantias das empresas envolvidas, segundo a controladoria. 

Os policiais estão recolhendo documentos que foram apresentados pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde. A ação recebeu o nome de “Operação Imprecisão” e apura a apresentação de documentos falsos e emissão de garantias inidôneas. 

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As investigações apontam que a farmacêutica apresentou uma carta fiança irregular à Saúde e outros órgãos. Esse documento teria sido emitido por outra empresa, que não tem autorização para funcionamento pelo Banco Central.

Os advogados da Precisa Medicamentos, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, divulgaram nota dizendo que a empresa tem colaborado com as autoridades e com os órgãos de fiscalização e controle, apresentando todos os documentos e prestando todos os esclarecimentos. A farmacêutica declarou que continua à disposição da Justiça e seguirá prestando esclarecimentos para provar a lisura de todas as suas ações.

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“Toda a documentação referente à negociação com o Ministério da Saúde já foi disponibilizada a todos os órgãos competentes, quer por iniciativa da própria Precisa, quando solicitada, quer por outras medidas de busca e apreensão que já foram anteriormente determinadas, o que demonstra que a operação de hoje era simplesmente desnecessária.”

Outra operação

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Em 17 de setembro, a PF esteve na sede da Precisa Medicamentos, em São Paulo, para cumprir mandados de busca e apreensão de equipamentos e documentos referentes ao contrato para a compra de vacinas contra a Covid-19 com a Bharat Biotech, responsável pela fabricação do imunizante Covaxin.

A ação foi realizada em duas cidades da Grande São Paulo - Barueri e Itapevi. A operação foi solicitada pela CPI da Covid, em curso no Senado Federal, e autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Precisa fechou um contrato de R$ 1,6 bilhão com o Ministério da Saúde para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. A negociação acabou suspensa.

À época, a defesa da Precisa também informou que entregou todos os documentos à CPI e que três representantes prestaram depoimentos à comissão. A empresa também disse que prestou esclarecimentos à Polícia Federal e à Controladoria-Geral da União e forneceu a documentação ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União.

Em junho deste ano, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) disse à CPI que o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, havia falado sobre irregularidades no contrato de aquisição da vacina indiana Covaxin, fabricada pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

O deputado também afirmou que seu irmão foi pressionado por gestores do ministério a prosseguir com o processo de importação do imunizante indiano.

A denúncia foi um dos fatores que levaram à demissão do então diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, e à suspensão do contrato de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses.

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