Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Ala do STF defende que denúncia sobre suposta tentativa de golpe seja analisada pelo plenário

Primeira Turma tem um histórico recente de alinhamento com o ministro Alexandre de Moraes

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

STF recomeça a julgar pedidos de alvos da Lava Jato contra perda imediata de bens Antonio Augusto/SCO/STF - 25.6.2024

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) discutem internamente se a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 deve ser analisada pelo plenário ou pela Primeira Turma da Corte. Uma ala defende que o caso, por ser complexo, deve ser analisado pelos 11 no plenário físico.

Um ministro ouvido pelo R7 afirmou que o mais correto seria o caso ser julgado pelo plenário. “Mais de 1450 casos do “golpe” foram julgados pelo plenário; por que esse não seria?”, indagou.

O colegiado composto por cinco ministros tem um histórico recente de alinhamento com o ministro Alexandre de Moraes. Internamente, a avaliação na Corte é que é “muito rigorosa” no julgamento de ações penais.

Composta, além de Moraes, pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin, atual presidente, a Primeira Turma julgou temas sensíveis e impostantes recentemente: os réus do caso do assassinato de Marielle Franco e o bloqueio da rede social X no país. Esses dois temas, com relatoria do ministro Alexandre de Moraes, foram unânimes.


Em novembro do ano passado, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado deve ser analisado pela Primeira Turma da Corte. Segundo ele, apenas em “caso excepcional” o plenário do Supremo deve atuar no caso.

Na terça-feira (18), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao STF denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. Agora, o ministro Alexandre de Moraes vai analisar a denúncia. Segundo a defesa de Bolsonaro, ele “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.


A apresentação da denúncia significa que a PGR encontrou indícios suficientes para formalmente acusar uma pessoa de ter cometido um crime. Ainda não há condenação para os envolvidos.

Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas acusadas de estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito. Os fatos foram divididos em cinco peças acusatórias.


Primeiro, o ministro relator, Alexandre de Moraes, dará 15 dias para que os denunciados enviem uma resposta escrita. Depois, Moraes libera a ação para a Primeira Turma julgar de forma colegiada o recebimento da denúncia. O colegiado será responsável por analisar o documento e dar uma decisão. Ainda caberá recurso.

Caso a denúncia seja aceita pelo STF, os denunciados se tornam réus e passam a responder penalmente pelas ações na corte. Então, os processos seguem para a instrução processual, composta por diversos procedimentos para investigar tudo o que aconteceu e a participação de cada um dos envolvidos no caso. Depoimentos, dados e interrogatórios serão coletados neste momento.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.