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Ao vivo: acompanhe o voto dos ministros no julgamento do ‘núcleo da desinformação’

Sessão começou de manhã, com voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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O STF (Supremo Tribunal Federal), continua na tarde desta terça-feira (21), o julgamento do Núcleo 4 do plano da tentativa de golpe após o resultado das eleições de 2022.

Relator do caso, Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar, seguido dos ministros Cristiano Zanin. Seguem agora Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino, presidente da Turma. A decisão será tomada por maioria simples.


O relator pediu a condenação dos sete integrantes do grupo. Em seguida, o ministro Cristiano Zanin seguiu o voto do relator, formando placar parcial de 2 x 0.

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Os réus do núcleo 4 são:


  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
  • Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
  • Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
  • Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal e ex-membro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército.
Como relator, Alexandre de Moraes é o primeiro a votar Rosinei Coutinho/STF - 14.10.2025

Relator

Para Moraes, as provas confirmam que os réus executaram ações que culminaram na tentativa de golpe para burlar os resultados das eleições de 2022 para a Presidência da República.

Moraes votou favorável à condenação de todos os acusados, mas, no caso de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, o ministro do STF defendeu que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) era apenas parcialmente procedente. Assim, apoiou a condenação do réu por somente dois dos cinco crimes imputados: organização criminosa e tentativa de abolição.


O ministrou também votou pela reabertura da investigação contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por suposta participação na trama golpista que visava abolir o Estado Democrático de Direito.

Relembre

No primeiro dia de julgamento, na última terça-feira (14), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se. Ele detalhou a atuação dos acusados e reforçou que o grupo contribuiu para a desestabilização social e política que culminou nos eventos de 8 de janeiro de 2023.


Segundo o PGR, os investigados formaram uma central de desinformação, utilizando recursos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para monitorar adversários políticos e produzir narrativas falsas.

“Por meio da contribuição desse núcleo de acusados, a organização criminosa elaborou e disseminou narrativas contra o processo eleitoral, dando impulso à instabilidade social e à ruptura institucional”, declarou Gonet.

Após a fala de Gonet, as defesas dos sete acusados apresentaram seus argumentos:

  • Gustavo Zortea, advogado de Ailton Moraes Barros, pediu absolvição por falta de provas;
  • Zoser Plata, defensor de Ângelo Denicoli, afirmou não existir vínculo entre o réu e os fatos;
  • Melilo Dinis, advogado de Carlos Moretzsohn Rocha, criticou a acusação por ser genérica e sem base concreta;
  • Juliana Malafaia, representante de Giancarlo Rodrigues, sustentou que o réu utilizou ferramentas da Abin de forma regular, sem instruções golpistas e sem conhecer os demais envolvidos;
  • Leonardo Coelho, defensor de Guilherme Almeida, alegou que o militar apenas repassou mensagens em grupos de colegas, sem produzir conteúdo, e que as provas da PF enfraqueciam a tese de disseminação em massa;
  • A defesa de Marcelo Bormevet argumentou que o policial federal deixou a Abin no fim de 2022, antes dos ataques, e não integrava a segurança do então presidente Jair Bolsonaro.
  • Thiago Ferreira da Silva, advogado do coronel Reginaldo Vieira de Abreu, argumentou que o cliente foi citado na denúncia por ter impresso seis cópias de uma minuta para uma reunião que, segundo a defesa, não foi comprovada na peça acusatória.

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