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R7 Brasília

Bolsonaro vai se reunir com banqueiros após criticar empresários

Encontro acontecerá na segunda-feira (8) com Federação Brasileira de Bancos e Confederação das Instituições Financeiras

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente da República vai se encontrar com banqueiros
O presidente da República vai se encontrar com banqueiros

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai se encontrar, na próxima segunda-feira (8), com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), na cidade de São Paulo.

A reunião está prevista para ocorrer às 13 horas, na avenida Faria Lima, centro financeiro da capital paulista. O tema do encontro vai ser a economia brasileira e a visão da indústria financeira diante do cenário, que registra alta de juros e inflação.

O encontro entre Bolsonaro e banqueiros ocorre em meio ao lançamento, previsto para o dia 11 deste mês, da carta em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro. O documento, feito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, ultrapassou 640 mil assinaturas em menos de uma semana no ar.

A carta não faz menção ao presidente da República, mas afirma que o Brasil está "passando por momento de imenso perigo" para a normalidade democrática, com riscos às instituições e insinuações de desacato ao resultado das eleições. Entre os assinantes estão banqueiros, empresários, intelectuais e advogados.


No fim do mês passado, Bolsonaro chamou os empresários de "mamíferos" e disse que os banqueiros assinaram a carta porque perderam dinheiro com a transferência bancária desde a criação do Pix.

"Você pode ver que essa carta aos brasileiros e [sobre] democracia está sendo patrocinada pelos banqueiros. É o Pix, que eu dei uma paulada neles", disse o presidente. "Os bancos digitais também, que facilitamos. Estamos acabando com o monopólio dos bancos", completou.

A carta chega em meio às críticas feitas por Bolsonaro ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Recentemente, o presidente convocou embaixadores estrangeiros para levantar suspeitas contra o modelo, sem apresentar provas, o que provocou reações em diversos segmentos da sociedade.

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