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Brasilienses terão Feira da Torre de TV reformada até abril de 2026, diz secretário

Declaração foi dada pelo secretário de governo, José Humberto Pires, em entrevista ao R7; continuar reforma no Teatro Nacional também é prioridade

Brasília|Do R7

GDF pretende reformar Feira da Torre de TV Renato Alves/Agência Brasília - arq

Os brasilienses poderão comemorar os 66 anos de Brasília, no ano que vem, com a Feira da Torre de TV reformada. A informação foi adiantada pelo secretário de governo, José Humberto Pires, em entrevista exclusiva ao R7.

Além da feira, estão entre as prioridades do governo a entrega da reforma do Autódromo Internacional de Brasília e a continuidade das obras do Teatro Nacional, que já conta com a Sala Martins Pena concluída.

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Zé Humberto citou outras obras do governo do Distrito Federal, como entrega de creches e salas modulares em escolas, e reforço das UBSs (Unidades Básicas de Saúde), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e hospitais. As ações, segundo o secretário, fazem parte de um conjunto de medidas para diminuir as desigualdades enfrentadas entre as regiões administrativas da capital do país.

Ainda neste ano, por exemplo, o secretário pretende realizar uma grande feira de artesanato, a pedido do governador Ibaneis Rocha. “Ele [Ibaneis] quer que o artesanato seja maior e mais forte, com um trabalho em conjunto ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Ele quer fazer em Brasília, todo ano, uma grande festa aqui no centro da capital que mostre o potencial que nós temos”, disse.


Para Zé Humberto, levar cultura e conhecimento, e garantir o acesso à alimentação e segurança são medidas que combatem a desigualdade. “A pessoa com fome não produz, então você precisa ter o mínimo de alimentação necessária para você começar a sair e ter energia para fazer as suas atividades”, disse.

O R7 levantou dados baseados na PDAD Ampliada 2024 (Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios) que revelam a diferença socioeconômica entre as 35 regiões administrativas. No Sudoeste/Octogonal, por exemplo, 84% da população com mais de 25 anos tem ensino superior completo. O número segue alto no Lago Sul (82.1%) e no Plano Piloto (74.3%), mas cai para 37% no Sol Nascente/Pôr do Sol, 33% no Varjão e 32% no Paranoá (veja dados de todas as RAs abaixo).


Outra diferença notada pela reportagem se refere ao número de imóveis com escritura registrada em cartório. Enquanto no Plano Piloto 92.60% da população conta com o documento, o número cai para 8% em Água Quente, 24% no Sol Nascente/Pôr do Sol e Fercal, e 17.8% no Vicente Pires.

Moradia

Sobre a questão da moradia, o secretário de governo defendeu ações em três frentes: infraestrutura, regularização e oferecimento de unidades habitacionais. “A infraestrutura a gente atua em regiões muito desassistidas, como Sol Nascente, Fercal e São Sebastião. Estamos fazendo toda a parte de infraestrutura, porque quando a pessoa já tem um asfalto na porta, uma água potável para beber, um esgoto e uma iluminação, ele já tem essa percepção de que mora em uma cidade”, observa.


Relacionado a regularização, ele defendeu a importância da medida para garantir segurança jurídica aos moradores e sobre a entrega de moradias, disse que até o fim de 2026 o governador espera entregar 40 mil novas unidades habitacionais. “O nosso projeto real é de 80 mil moradias, que devem ficar para o próximo governo. A necessidade que temos hoje no DF é de 110 mil, ou seja, temos um passivo, mas estamos correndo atrás disso”, garante.

Entrega de moradias pelo DF Luce Costa/Arte R7

Qualidade de vida

Segundo José Humberto, os programas de alimentação do governo, como Cartão Prato Cheio, Cartão Gás ou Cesta Verde, por exemplo, devem ser encarados como “uma mão do Estado e da sociedade para tirar as pessoas daquela situação [de vulnerabilidade] e ajudar a matar a fome”.

“Outro passo necessário é dar para a pessoa a oportunidade de ter um trabalho, uma atividade que preferencialmente gere renda. Por isso é importante o mínimo de escolaridade e formação profissional. Quando a pessoa descobre um talento que tem através de um treinamento ou da escola, ela desenvolve autoestima”, observa.

O secretário comenta que “à medida que você mora, estuda, tem uma saúde básica e um transporte para se deslocar, você começa a sentir que você está inserido na sociedade”. “É isso que todo mundo quer. E quando você tem lazer, poder ir em um show, praticar um esporte, e de uma certa maneira ter acesso a cultura, você integra e dá dignidade a essa pessoa”, menciona.

Zé Humberto avalia que das metas do governo, construídas ainda no período de transição, a grande maioria tem como “condão principal a melhoria da qualidade de vida das pessoas, o que em outra análise diminui a desigualdade”.

“Quando ele [Ibaneis] visitou o restaurante comunitário de Samambaia [em campanha] e viu que só tinha almoço e no preço de R$ 3, ele falou que ia abaixar. E depois da mudança, de uma semana para outra dobrou a quantidade de pessoas atendidas pelo restaurante”, citou. Atualmente, o almoço nos restaurantes comunitários custa R$ 2 e os locais também oferecem café da manhã e jantar a R$ 0,50 cada. “Ainda há a possibilidade de que cada pessoa leve duas [refeições] para casa, para alimentar quem está de cadeira de rodas ou tem dificuldade [de sair de casa]”, detalha.

Educação

O titular da Secretaria de Governo analisa também outras criações do governo, como Cartão Escolar e Cartão Creche. “Esse conjunto de medidas fez com que a gente ganhasse o selo Betinho [iniciativa da ONG Ação da Cidadania] como terceira melhor cidade em combate a desigualdade. Desde 2019, passamos de um investimento de R$ 200 milhões para R$ 1,3 bilhão”, cita.

Zé Humberto, no entanto, reconhece que as medidas ainda não alcançaram todas as pessoas em vulnerabilidade. “Atende todo mundo? Não, porque é muito expressivo essa massa [de pessoas em vulnerabilidade], mas é um caminho e é a atual capacidade que o Estado tem. E à medida que o orçamento está sendo melhorado, está sendo melhorado o investimento. Ou seja, temos um rumo, uma política, uma forma de fazer”, defende.

Geração de emprego e acesso a tecnologia

O secretário indicou também os programas Renova DF e Qualifica. “O salário que a pessoa recebe para ir os três meses para a rua, fazer o treinamento e aprender a ter um ofício é fundamental. E as pessoas que se destacam vão mais seis meses para dentro das empresas para se aprofundar na profissão. Com isso, você está retirando o camarada da situação de vulnerabilidade. E é um trabalho fantástico porque melhora as praças e os ambientes públicos”, declara.

Outro ponto mencionado por José Humberto é o acesso à tecnologia pelos jovens. Desde 2024, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação lançou cerca de 15 projetos e políticas públicas voltadas à inclusão digital e ao acesso ampliado, como os programas Gamifica e Conexão Digital.

Uma das iniciativas é o Brasil.IA que certificou 1.207 alunos de regiões como Sol Nascente/Pôr do Sol, Santa Maria, Estrutural e Arapoanga. Até o fim do ano, a expectativa é de que sejam formados 5.600 alunos em diversas regiões administrativas.

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