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Chanceler brasileiro critica Conselho de Segurança da ONU por 'paralisia' no Oriente Médio

Resolução do Brasil, que pedia uma pausa humanitária na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, foi vetada pelos EUA

Brasília|Giselle Santos, do R7, em Brasília

Chanceler participa de cúpula pela paz no Egito
Chanceler participa de cúpula pela paz no Egito Chanceler participa de cúpula pela paz no Egito

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, criticou neste sábado (21) o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por uma "paralisia" que tem causado consequências danosas para a vida de milhões de pessoas na zona de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O chanceler representa o Brasil na Cúpula Internacional da Paz no Cairo, capital do Egito.

"A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências prejudiciais para a segurança e as vidas de milhões. Isso não é do interesse da comunidade internacional. Precisamos trabalhar para evitar qualquer possibilidade de escalada do conflito", afirmou.

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Nesta quarta-feira (18), uma resolução proposta pelo Brasil que pedia uma pausa humanitária na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas foi vetada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU. Por serem membros permanentes do conselho, os EUA, a China, a França, o Reino Unido e a Rússia têm o direito de vetar resoluções. A Rússia e o Reino Unido se abstiveram.

Sem citar os Estados Unidos em sua fala, Mauro Vieira destacou na cúpula que a tentativa brasileira de garantir ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza teve o apoio de 12 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança. Para aprovar a proposta, eram necessários nove votos favoráveis e nenhum veto.

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"Como dito pelo presidente Lula, a crise atual requer ação humanitária multilateral urgente para acabar com o sofrimento de civis apanhados em meio às hostilidades. Como presidente do Conselho de Segurança da ONU pelo mês de outubro, o Brasil convocou reuniões de emergência e promoveu o diálogo. Apesar desses esforços, o Conselho de Segurança foi lamentavelmente incapaz de adotar uma resolução em 18 de outubro. Ainda assim, os muitos votos favoráveis que a resolução recebeu — 12 dentre 15 — são evidência de um grande apoio político em prol de uma ação rápida do Conselho", avaliou o chanceler.

O ministro das Relações Exteriores afirmou ainda que o governo brasileiro rejeita e condena os ataques terroristas perpetrados pelo Hamas em Israel, assim como o sequestro de reféns civis. Ele ressaltou que três brasileiros estão entre as vítimas dos ataques, e que cidadãos do país ainda esperam para ser retirados de Gaza, em meio à deterioração das condições humanitárias na região, com falta de medicamentos, comida, água, eletricidade e combustível.

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"Ao longo das últimas décadas, nós não testemunhamos nenhum vencedor neste conflito prolongado. A população civil segue como a principal vítima da falta de diálogo e do ressentimento crescente", disse Mauro Vieira.

O chanceler acrescentou ainda que apenas administrar as tensões no Oriente Médio não é uma alternativa aceitável, e pediu às autoridades internacionais que continuem a tentar chegar a uma solução para o impasse em um novo encontro do Conselho de Segurança da ONU, que será promovido pelo Brasil no dia 24 de outubro.

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