Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Crise do Pix: ‘É preciso explicar antes de publicar’ qualquer norma, diz chefe da Casa Civil

Rui Costa argumenta que a verdade tem que chegar antes da mentira e destacou reuniões do governo para melhorar comunicação

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Chefe da Casa Civil, Rui Costa diz que é preciso explicar antes de publicar qualquer medida Ailton Fernandes/Casa Civil - 20.01.2025

Após a crise do Pix, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (22) que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que as portarias e atos normativos passem primeiramente pela avaliação da pasta para posterior publicação. “É preciso alinhar com a comunicação, é preciso explicar antes de publicar. Não pode publicar para tentar explicar depois. Explique antes e depois publique”, disse.

Leia mais

A orientação do presidente, segundo Costa, inclui a realização de reuniões com o secretariado visando clareza.“Quantas pessoas isso vai impactar? É possível que aquelas pessoas que só querem difundir notícias falsas possam montar fake news? Se sim, passe na Casa Civil, na Secom, e vamos manter estratégia de implementação dessa medida para evitar que a desinformação se espalhe”, exemplificou. “É uma orientação, nós vamos sistematizar isso, criar uma rotina e alertas para que o esclarecimento chegue antes da publicação”, afirmou Costa.

“O que o presidente reafirmou e vamos fazer é chamar a atenção do secretariado para que aquilo que impacta a população não se faça de forma burocrática, automática. É preciso alinhar com a comunicação, é preciso explicar antes de publicar. Não pode publicar para tentar explicar depois. Explique antes e depois publique. Fica mais fácil de a população entender”, completou o ministro em entrevista para a Empresa Brasil de Comunicação.

Recentemente, o governo enfrentou uma crise envolvendo o Pix. Isso porque a Receita Federal editou ato normativo para prever que as instituições financeiras informem ao órgão as movimentações que ultrapassem os R$ 5 mil por mês no caso de pessoas físicas e de R$ 15 mil para pessoas jurídicas. O ato da Receita foi alvo de notícias falsas e de desinformação, o que fez o governo recuar.


Na última quinta-feira (16), o Executivo anunciou uma medida provisória para reforçar a gratuidade do uso do Pix e de proibir qualquer taxa adicional sobre essa modalidade de pagamento. A informação inicial era de que a proposta foi avaliada apenas no Ministério da Fazenda, sem passar pela Casa Civil. O episódio, então, motivou a cobrança de Lula aos ministros durante reunião ministerial realizada na última segunda-feira (20).

Na entrevista, o chefe da Casa Civil voltou a dizer que o Executivo não vai taxar ou apurar renda por meio da modalidade de pagamento. “O governo tem plena consciência do que é o Pix hoje. Isso estrutura as relações de trabalho, pessoais. E isso não será utilizado como elemento para apuração de renda e cobrança de tributos e muito menos taxação”, pontuou.


Redes sociais

Apesar de ressaltar a importância das redes sociais, Costa argumentou que as plataformas também servem como uma ferramenta para difundir notícias falsas e gerar desinformação.

“Passou a se utilizar essas redes como ferramenta de difundir mentira, de difundir ódio, de caluniar as pessoas, de cometer crimes contra outros seres humanos. E infelizmente, no mundo inteiro, essa ferramenta da mentira fez com que hoje as pessoas olhem para as notícias e se questionam. Todo mundo que lê uma manchete hoje pergunta se é verdade ou se é mentira. E é por isso que na definição de políticas públicas, e o presidente pediu isso na reunião, é a gente primeiro comunicar antes. A verdade tem que chegar antes da mentira. Se a gente não comunicar antes, a mentira chega, se instala e você tem que lutar muito para desmentir aquilo.”

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.