DF registra recorde de transplantes de coração, fígado e medula óssea em 2024
Números são os maiores dos últimos cinco anos; veja dados da Secretaria de Saúde
Brasília|Do R7, com informações Agência Brasília

O Distrito Federal bateu o recorde de transplantes de coração, fígado e medula óssea em 2024. Os números do ano passado foram o maior quantitativo desde 2020. Segundo a Secretaria de Saúde, a reposição de órgãos e tecidos têm apresentado tendência de crescimento. As substituições de medula óssea foram as que tiveram maior salto: em 2024, por exemplo, foram 230 transplantes, contra 103 em 2020.
Veja Mais
A pasta afirma que o crescimento é resultado de diversas medidas, como atuação de equipes multiprofissionais e expansão das unidades credenciadas e aptas a realizarem os procedimentos.
Veja dados de 2024:
- Transplantes de coração - 35
- Transplantes de fígado - 128
- Transplantes de medula óssea - 230
No DF também são realizados transplantes de rim e córnea pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Para a Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, os números são parte de uma conquista. “Cada transplante desses representa uma nova chance de vida a quem estava esperando. Por isso, trabalhamos para expandir a rede e melhorar o acesso aos tratamentos”, disse.
A titular da pasta reforçou a importância de doar órgãos. “A doação de órgãos é um ato de solidariedade que transforma a vida do receptor e de toda uma família. Nesse sentido, é essencial que continuemos a fortalecer essa cultura em nossa sociedade.”
Logística
Os transplantes exigem mobilização de profissionais das mais diversas especialidades, integração interestadual de sistemas eletrônicos e efetivação de procedimentos clínicos. Para a realização de 3.647 cirurgias, ao longo desses cinco anos, foram realizados quase 120 mil procedimentos, desde a identificação de doadores e receptores, até o acompanhamento prévio e pós-cirúrgico.
O Dia Nacional da Doação de Órgãos é celebrado na próxima sexta (27). No Brasil, mais de 6,5 mil pessoas fizeram transplantes entre janeiro e setembro deste ano. No entanto, mais de 44 mil pessoas ainda estão a espera de um órgão no país. O Jornal Da Record tira as principais dúvidas sobre como funciona o processo de doação de órgãos. Veja!
Segundo a diretora da CET-DF (Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal), Gabriella Christmann, a quantidade de envolvidos em todo o processo é difícil de ser mensurada. “É impossível realizar este trabalho sem a união de várias pessoas — começando pelos doadores e por seus familiares”, ressaltou.
Há dois tipos de doadores. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão, desde que não prejudique a sua própria saúde. Já para ser doador, em caso de falecimento, não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar à família do desejo da doação, que só vai acontecer após a autorização dos familiares.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitarem de um transplante e estão aguardando em lista única no Estado, gerida pela Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
Para receber um órgão, o paciente deve estar inscrito, respeitando-se a ordem de inscrição, a compatibilidade e a gravidade de cada caso. A CET-DF é responsável pela coordenação das atividades de transplantes no âmbito do DF, abrangendo a rede pública e particular de saúde.