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Diversidade: alto escalão de Lula tem, por enquanto, apenas uma mulher

Durante a transição, somente um terço das coordenações dos grupos de trabalho do petista era composto de mulheres

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília


Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito

Embora a bandeira da diversidade seja constantemente citada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o petista indicou, até o momento, apenas uma mulher para compor os ministérios do próximo governo: a cantora Margareth Menezes, que chefiará a pasta da Cultura.

Até agora, seis nomes foram nomeados: Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio (Defesa), além de Aloizio Mercadante, que será presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Para o Ministério das Relações Exteriores, havia a expectativa de que Lula indicasse, pela primeira vez na história do país, uma chanceler — o que não se concretizou. Em vez disso, o presidente eleito nomeou a embaixadora Maria Laura da Rocha como secretária-geral do Itamaraty, o segundo posto da hierarquia. Ela será a primeira mulher a exercer a função.

Apesar de abordar com frequência a pauta da inclusão feminina durante a campanha presidencial, a falta de representativadade das mulheres chama atenção. Entre a extensa equipe de transição do novo governo, com mais de 900 integrantes — a maioria tendo atuado de maneira voluntária —, a taxa de coordenadoras dos grupos de trabalho foi de apenas 32%: 132 mulheres de um total de 424 coordenadores.

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O plano de governo de Lula, inclusive, trazia a proposta de criação do Ministério das Mulheres, mas a expectativa das apoiadoras e eleitoras é que a participação delas não fique restrita à pasta específica de políticas para mulheres.

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No fim de agosto, durante debate entre os presidenciáveis, Lula evitou se comprometer com a paridade entre homens e mulheres nos ministérios, sob a justificativa de não "passar por mentiroso" posteriormente, caso não cumprisse a promessa.

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Apesar dos resultados discrepantes, o capital feminino foi fortemente explorado pelo presidente eleito, especialmente durante o segundo turno, quando mulheres importantes entraram de cabeça na campanha do petista.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi uma das principais apoiadoras, ao lado da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) e da também senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

É esperado que Lula anuncie mulheres à frente de ministérios estratégicos nos próximos dias. Tebet é uma das cotadas para assumir o Desenvolvimento Social, mas enfrenta resistência de parte do PT. As pastas da Saúde e da Educação podem ser entregues, respectivamente, à pesquisadora Nísia Trindade e à governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido).

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