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Eduardo Bolsonaro lamenta que Ucrânia não tenha armas nucleares

Parlamentar afirmou que a ausência de ogivas no país manda um 'recado' ao resto do mundo

Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília

O deputado federal Eduardo Bolsonaro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) lamentou o fato de a Ucrânia não ter armas nucleares. Ele afirmou que a situação que ocorre no leste da Europa manda "um recado" para o resto do mundo sobre a necessidade de investir nas Forças Armadas. As declarações foram feitas em entrevista a um jornalista norte-americano no domingo (27).

Para o parlamentar, as forças armadas ucranianas sofreram perdas ao longo do tempo e, por isso, não conseguem se defender. "Isso mostra ao mundo que, para ter sua própria segurança, você deve ter ótimas forças armadas. Infelizmente, a Ucrânia há alguns anos não deveria mais ter bombas poderosas ou bombas nucleares. Agora, eles não conseguem se defender de uma forma que não precisem de ajuda. Isso é muito triste. Talvez essa seja uma mensagem ao resto do mundo de que temos que cuidar das nossas forças armadas", disse ele.

O deputado disse, também, que o Brasil não deve se envolver no conflito. "Não gostaríamos de ver uma guerra ou algo do tipo acontecer. No Brasil, nós estamos em uma posição na qual não somos aqueles que devem consertar a situação. Não somos nem mesmo membros da Otan", declarou.

Não é a primeira vez que o parlamentar fala em arsenal nuclear. Em 2019, em uma palestra no Curso Superior de Defesa da Escola Superior de Guerra, ele disse que armas nucleares garantem a segurança das nações. "Se nós tivéssemos aqui os caças Gripens, se nós tivéssemos aqui o pró-sub já finalizado, com os submarinos nucleares que têm autonomia muito maior dentro d'água, se nós tivéssemos um efetivo maior... Enfim, um poder bélico maior, talvez fôssemos levados mais a sério pelo Maduro. Ou temidos quem sabe pela China e pela Rússia", afirmou.

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Ele citou, na época, o tratado de não proliferação de armas nucleares, do qual o Brasil é signatário desde 1998. "A gente sabe que, se o Brasil quiser atropelar essa convenção, tem uma série de sanções. É um tema muito complicado, mas eu acredito que um dia possa voltar ao debate aqui", disse.

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