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Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira e Alexandre Ramagem são apostas do PL para CPMI do 8 de Janeiro

Instalação da CPMI dos atos extremistas deve acontecer ainda nesta semana; oposição traça estratégia para enfrentar governistas

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

PL se articula para indicar membros da CPMI
PL se articula para indicar membros da CPMI

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os atos extremistas de 8 de janeiro deve ser instalada nesta quarta-feira (26). Enquanto isso, governo e oposição articulam nomes de indicados para compor o grupo e definem quais estratégias serão adotadas durante a apuração.

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Do lado da oposição, os nomes mais cotados pela Câmara são os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Delegado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e André Fernandes (PL-CE). No Senado, Magno Malta (PL-ES), Jorge Seif (PL-SC) e Rogério Marinho (PL-RN) são os favoritos para as cadeiras na comissão. As indicações devem ser dedicidas ainda nesta semana. 


Leia também: Composição, prazos e poderes: entenda como deve funcionar a CPMI

As lideranças do PL chegaram a resistir ao nome de Eduardo Bolsonaro na comissão, pois a oposição teme a associação dos atos de vandalismo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo terá a tarefa de defender a família e desvincular a imagem do ex-chefe do Executivo federal dos extremistas que depredaram as sedes dos Três Poderes.


Embora cotado para integrar a comissão e autor do requerimento de instalação da CPMI, André Fernandes ainda é uma dúvida no PL. Isso porque o deputado é investigado em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre possível envolvimento nos atos de vandalismo e pode ter a participação na CPMI judicializada.

Dois dias antes da invasão dos prédios públicos, Fernandes publicou um vídeo em que afirmava que o primeiro ato contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aconteceria no fim de semana. Depois da depredação, ele postou uma foto da porta de um armário do ministro Alexandre de Moraes vandalizada pelos invasores.


Ao anunciar que o governo entraria na disputa pela presidência e relatoria da CPMI, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-BA), disse que o grupo governista não aceitaria a participação de Fernandes no colegiado. 

Expertise e técnica

O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), sinalizou que o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem é uma indicação quase certa à CPMI. Ramagem é delegado da Polícia Federal, foi coordenador da segurança de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e conquistou a confiança da família do ex-presidente. 

Além disso, Ramagem é visto como um bom técnico e tem boa relação tanto com parlamentares alinhados à direita quanto com algumas alas da esquerda no Congresso. 

No Senado, o partido de Valdemar da Costa Neto tinha preferência por incluir o nome de Carlos Portinho (RJ), líder da legenda na Casa. No entanto, o senador está licenciado após ter passado por uma cirurgia. 

Indicações

As indicações levam em consideração o tamanho dos partidos e dos blocos partidários. Quanto maior o bloco, mais representatividade dentro da comissão e mais chances de conseguir indicar os nomes para a presidência e para a relatoria.

O PL é o maior partido da Câmara, com 99 deputados. Por estar isolado, ou seja, não compor nenhum bloco, deve ter direito a duas ou três vagas de 14 que serão disponibilizadas aos deputados. O bloco com mais direito a vagas será o construído pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem 172 parlamentares e congrega PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota, Cidadania e PSDB.

No Senado, a organização por grupos é favorável ao governo, já que os blocos que apoiaram Rodrigo Pacheco na reeleição à presidência da Casa conseguiram escantear a oposição da presidência das comissões. Além disso, governistas já levantam o nome dos senadores que devem brigar por cargos na condução da CPMI.

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