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Em cinco meses, DF registrou 1,5 mil resgates de animais silvestres em estradas

Número é maior que todo o ano passado; veja o que fazer caso aviste animais silvestres nas rodovias

Brasília|Do R7, em Brasília


Em um caso recente o Batalhão resgatou um lobo-guará Joel Rodrigues/Agência Brasília - Arq

Nos cinco primeiros meses deste ano, 1.501 resgates de animais silvestres foram realizados pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) em vias que cruzam o Distrito Federal. O número já superou todo o ano de 2023, quando 1.478 animais silvestres foram resgatados. Entre os resgates registrados nas ocorrências estão 75 pássaros baianos, 191 saruês e 48 jiboias.

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O tenente Gutierre Morais, da divisão de logística do Batalhão, destaca que a conscientização dos motoristas sobre a presença de fauna silvestre nas rodovias é essencial para reduzir os acidentes envolvendo esses animais.

Além de preservar a vida selvagem, estas ações ajudam a manter a segurança nas estradas, evitando acidentes mais graves. É preciso estar atento para evitar acidentes e proteger os animais. O militar explica que, ao ser acionada pelo 190, a polícia recolhe os dados e os repassa para o batalhão ambiental por meio do Centro de Operações da Polícia Militar.

Resgate de animais silvestres no DF Agência Brasília/Reproduç

Em seguida, os agentes do Batalhão entram em contato com a pessoa que fez a denúncia em busca de mais informações, para ter certeza de que o transporte será de um animal silvestre e não oferecerá risco de contaminação por cruzamento.

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“É necessária essa triagem porque às vezes não se trata de um animal silvestre ou o animal não está mais no local e é feito um deslocamento sem necessidade – o que influencia no número limitado de equipes e viaturas de transportes que temos atuando”, observa o tenente.

Veja o que fazer:

Caso aviste animais silvestres correndo risco de atropelamento, siga as orientações:

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  • Parar em local seguro: nunca pare o veículo no meio da estrada, procure um local seguro para estacionar;
  • Sinalizar o local: use triângulos, cones ou outros sinalizadores de trânsito para alertar os demais motoristas;
  • Não se aproxime do animal: animais feridos podem reagir de forma agressiva. Observe o animal de longe e repasse as informações aos socorristas;
  • Acione o batalhão: ligue no 190 para que a ocorrência seja gerada e o BPMA seja designado ao local. É importante informar a localização e a condição do animal, além dos dados pessoais como o telefone para que os policiais consigam mais detalhes em tempo real e se equipem de acordo com a necessidade do resgate; e
  • Aguarde as instruções: siga as orientações dadas pelos militares até a chegada da equipe de resgate.

Preservação da fauna

Em um dos casos mais recentes, o BPMA resgatou um lobo-guará. O animal estava em situação de risco e foi encaminhado para o Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre (HFAUS), onde recebeu os cuidados necessários. A unidade é a referência do Distrito Federal no tratamento de animais silvestres.

O biólogo supervisor da unidade, Thiago Marques, ressalta os fatores que prejudicam a biodiversidade caso as pessoas tentem contato ou mesmo retirem os animais silvestres da natureza. “Você estaria retirando um possível reprodutor para manter a espécie viável, diminuindo a variabilidade genética e causando um dano irreversível”, afirma.

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Ele ressalta também a questão das zoonoses, que podem ser transmitidas entre animais silvestres e domésticos, caso entrem em contato, e até mesmo entre humanos e animais.

“A herpes, por exemplo, é uma doença controlável em humanos, mas para os primatas é letal. Zoonoses como sarna, cinomose, parvovirose e até raiva podem ser transmitidas também, então a melhor alternativa é sempre evitar o contato e procurar as autoridades responsáveis”, diz o especialista.

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