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R7 Brasília

Exército gastou quase R$ 3,5 milhões em próteses penianas, segundo parlamentares

Parlamentares pediram investigação sobre o caso;  valores das próteses variam de R$ 50 mil a R$ 60 mil

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Prótese peniana inflável
Prótese peniana inflável

O deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos) pediram ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal que investiguem por que o Exército Brasileiro gastou cerca de R$ 3,5 milhões na compra de próteses penianas infláveis de silicone em 2021. De acordo com os parlamentares, o Ministério da Defesa aprovou três pregões para a aquisição de 60 próteses com comprimento entre 10 e 25 centímetros. O valor unitário dos produtos varia de R$ 50 mil a R$ 60 mil. O Exército nega a compra de 60 itens e diz que adquiriu três próteses no período. 

De acordo com os dados levantados pelos parlamenteres, em uma das licitações, a pasta permitiu a compra de dez próteses ao preço de R$ 50.149,72 cada uma. No segundo certame, foram adquiridos 20 produtos ao custo de R$ 57.647,65 a unidade. Já no último pregão, o mais caro de todos, houve a compra de 30 próteses com preço unitário de R$ 60.716,57.

As próteses adquiridas foram disponibilizadas para hospitais militares nas capitais de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Segundo o detalhamento das compras, os produtos teriam sido utilizados na realização de cirurgias.

A compra das próteses penianas foi revelada nesta terça-feira (12) pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), que já tinha divulgado na segunda-feira (11) que as Forças Armadas autorizaram processos de compra de 35.320 unidades de citrato de sildenafila, conhecido como Viagra, medicamento indicado para o tratamento de disfunção erétil.


"O questionamento que fazemos é: por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para pagar essas próteses? O povo brasileiro sofre para conseguir medicamentos nas unidades de saúde e um grupo é atendido com próteses caríssimas", ponderou o parlamentar.

Em nota sobre o assunto, o Exército "esclarece que foram adquiridas apenas três próteses penianas, [...] e não 60, conforme foi divulgado por alguns veículos de imprensa".


"Cabe destacar que os processos de licitação atenderam a todas as exigências legais vigentes, bem como às recomendações médicas", diz a instituição.

O texto diz ainda que "é atribuição do Sistema de Saúde do Exército atender a pacientes do sexo masculino vítimas de diversos tipos de enfermidades que possam requerer a cirurgia para implantação da prótese citada."

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