Extremistas acessaram wi-fi durante invasão do Congresso e deixaram dados registrados
Participantes da depredação em 8/1 registraram nome completo e CPF para acessar o sistema; os dados serão usados como prova
Brasília|Do R7, em Brasília
Os manifestantes que depredaram o Congresso Nacional em 8 de janeiro deixaram para trás informações pessoais que serão usadas como prova dos crimes cometidos. Ao acessarem o sistema de internet wi-fi da Câmara e do Senado, os extremistas cadastraram nome completo e CPF. Quatro pessoas foram identificadas, e seus nomes constam em um ofício enviado pela Câmara dos Deputados à CPMI do 8 de Janeiro, que retomou as atividades na terça-feira (1º).
Entre esses manifestantes estão uma mulher de Contagem (MG) e um homem de Teresina (PI). Eles estão sob monitoramento de tornozeleira eletrônica. Outras duas pessoas foram identificadas somente agora e por isso não estão entre os suspeitos dos atos que tiveram o nome divulgado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
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Em 8 de janeiro, manifestantes que protestavam contra o resultado das eleições de 2022 invadiram os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Eles quebraram e danificaram itens históricos, parte da estrutura dos edifícios e obras de arte que pertencem ao patrimônio do país.
A Advocacia-Geral da União foi à Justiça pedir que as pessoas que participaram da invasão e da depredação sejam condenadas a ressarcir os danos causados ao patrimônio público. Os prejuízos estão estimados em R$ 26,2 milhões até o momento.
Em maio, o Congresso Nacional instalou a CPMI do 8 de Janeiro para investigar a invasão e depredação na praça dos Três Poderes, o que inclui a apuração de quem participou, financiou e incentivou o vandalismo.