O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) participa da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro mesmo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de proibir contato pessoal e individual entre ele e o depoente Anderson Torres. Na mesma decisão, o ministro autorizou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres a ficar em silêncio. Apesar da determinação, não há impedimento para a participação do senador na sessão, mas a Advocacia-Geral do Senado esclareceu que, como membro da CPMI, Flávio pode inquerir o depoente, mas sem fazer nenhum contato individual e fora do ambiente da sessão.• Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram A medida de Moraes também recai sobre o senador Marcos do Val (Podemos-ES). Na mesma decisão, o ministro autorizou Torres a ficar em silêncio durante o depoimento. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta segunda-feira (7) o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres a ficar em silêncio no depoimento que vai prestar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta terça (8).Leia mais: Moraes autoriza Torres a ficar em silêncio na CPMI do 8 de Janeiro e proíbe contato com dois senadores "Seja ouvido na condição de testemunha, tendo o dever legal de manifestar-se sobre os fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da investigação, estando, entretanto, a ele assegurado o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo ou em sua incriminação", disse o ministro. A defesa diz que Torres tem o "desejo de comparecer ao ato, porquanto é o maior interessado no esclarecimento dos fatos", mas que quer manter o direito de não se incriminar. Torres é suspeito de ter se omitido em relação aos atos extremistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Em janeiro, seis dias após os atos, o ex-ministro foi preso assim que desembarcou no aeroporto de Brasília, vindo dos Estados Unidos, onde estava de férias com a família. O ex-ministro da Justiça chegou a ficar preso, mas foi para prisão domiciliar em maio, após decisão do ministro Alexandre de Moraes. Em abril, Moraes negou um novo pedido da defesa pela revogação da prisão.Leia mais: Moraes mantém prisão preventiva do ex-ministro Anderson Torres Na decisão, o ministro afirmou que a organização, a participação, o financiamento e o apoio aos atos praticados em janeiro configuram gravíssimos crimes, e, por isso, todos os envolvidos devem ser responsabilizados.