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Intimidação e ato político inaceitável, diz ministro da CGU sobre sanções a Moraes

Mais cedo, o governo dos EUA sancionou o ministro do STF com a Lei Magnitsky

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro da CGU classifica sanções dos EUA a Moraes como ato político inaceitável.
  • Lei Magnitsky aplicada ao ministro do STF gera preocupação sobre a soberania do Brasil.
  • Governo dos EUA acusa Moraes de violar direitos humanos e de promover censura.
  • Lei de sanções foi criada após morte de advogado russo, visando combater corrupção e abusos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Vinicius Carvalho chamou medida de ato político inaceitável Wilson Dias/Agência Brasil - 18.11.2024

O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius Carvalho, afirmou nesta quarta-feira (30) que a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes é um ato político inaceitável, grave e sem precedentes.

“A medida fere frontalmente a soberania do Brasil e busca intimidar instituições que atuam de forma independente e em estrita observância à Constituição de 1988″, disse.


Segundo o ministro, Moraes “cumpre o dever que a Constituição lhe atribui: defender a democracia e assegurar que a lei prevaleça”.

“O Brasil não vai se constranger perante tentativas abusivas de deslegitimar os Poderes constituídos. Nossas instituições permanecem firmes e comprometidas com a defesa do Estado Democrático de Direito”, disse.


Leia mais

Mais cedo, o governo dos EUA sancionou o ministro do STF com a Lei Magnitsky. A medida é uma sanção econômica, que inclui o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. É aplicada, em geral, a acusados de corrupção ou de graves violações de direitos humanos.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirma que Moraes está sendo o juiz e o executor de uma “caça às bruxas” contra os EUA, seus cidadãos e as companhias americanas.


“Moraes é responsável por uma campanha opressora de censura, detenções arbitrárias que violam direitos humanos e perseguições políticas — que incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro. As ações de hoje deixam claro que o Tesouro vai continuar a responsabilizar aqueles que ameacem os interesses americanos e a liberdade de nossos cidadãos”, afirma.

Moraes e outros sete ministros já tinham tido seus vistos norte-americanos suspensos horas depois da operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está de tornozeleira eletrônica, proibido de acessar redes sociais e com circulação restrita.


Entenda a Lei Magnitsky

Os alvos da Lei Magnitsky são incluídos na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN list) da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC, na sigla em inglês).

A lei foi aprovada em 2012, durante o governo de Barack Obama. Quatro anos depois, uma emenda passou a permitir que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou abusos contra os direitos humanos pudesse ser incluída na lista de sanções.

Para que sanções sejam aplicadas a indivíduos estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos deve apresentar provas confiáveis de infrações — incluindo execuções extrajudiciais, tortura e outras violações graves dos direitos humanos.

A legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país e morreu em uma prisão de Moscou, em 2009. Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis por sua morte.

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