Justiça autoriza bloqueio de bens, e PF faz buscas em endereços de alvo da 18ª fase da Operação Lesa Pátria
Mandado de busca e apreensão é cumprido em Brasília em endereços ligados ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde
Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (29) a 18ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos do 8 de Janeiro. Os agentes cumprem um mandado de busca e apreensão no Distrito Federal. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, que também determinou o bloqueio de bens e ativos do investigado. A PF calcula que os danos ao patrimônio público causados pelos atos extremistas tenham gerado prejuízos de cerca de R$ 40 milhões.
A operação tem como objetivo identificar participantes e financiadores dos atos ocorridos em 8 de janeiro. Nesse dia, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF foram invadidos e depredados.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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O alvo é o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes. Fernandes ocupou o cargo durante a gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello. Além das buscas, o Supremo Tribunal Federal autorizou o bloqueio de bens do general da reserva.
17ª fase
A Polícia Federal cumpriu na quarta (27) três mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão contra suspeitos de terem participado, financiado ou fomentado os atos extremistas do 8 de Janeiro. Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás.
O empresário Aildo Francisco Lima, conhecido como "Bahia", está entre os presos da 17ª fase da Operação Lesa Pátria. O homem ficou conhecido por fazer uma live sentado na cadeira do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes durante os atos extremistas em 8 de janeiro. Bahia foi preso em São Paulo. Outros dois mandados de prisão foram autorizados: Basilia Batista, também em São Paulo, e Margarida Marinalva de Jesus Brito, no DF.