Justiça mantém prisão de psicólogo investigado por suposta tortura em gatos no DF
Homem adotava gatos tigrados que desapareciam logo depois sem explicação; pelo menos 16 animais teriam sido vítima
Brasília|Do R7

A Justiça do Distrito Federal manteve a prisão do psicólogo investigado por suposta tortura contra gatos na capital do país. O homem de 30 anos adotava animais tigrados que desapareciam logo depois sem explicação. A polícia estima que pelo menos 16 gatos tenham sido vítimas. No pedido de manutenção da prisão, o Ministério Público apontava a prisão preventiva como fundamental para a garantia da ordem pública, diante da possibilidade de o homem voltar a cometer crimes e atrapalhar as investigações.
Na decisão do juiz da 1ª Vara Criminal e Tribunal do Júri de Santa Maria, o Juiz declarou que existem elementos claros da ocorrência do crime e observou que foi apurado que o profissional adotou ao menos 16 gatos em um intervalo de seis meses, conforme termos de adoção e declarações de pessoas e instituições protetoras. Apenas um foi localizado, em condições de sofrimento. Os demais permanecem desaparecidos, sem justificativa.
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Para o magistrado, há fundada suspeita de que o homem tenha matado ou submetido os animais a práticas de maus-tratos extremos. “Há indícios de conduta repetitiva e dissimulada, com o intuito de obter a guarda dos animais para fins possivelmente cruéis. Esse padrão indica comportamento serial e voltado à reiteração de atos graves contra animais”, observou.
O juiz também chamou a atenção para o modo de agir do psicólogo, que convencia protetores de animais e instituições a realizar a doação dos gatos para ele, “mesmo depois de já ter obtido vários outros animais anteriormente e dado a eles destino ignorado”.
Prisão
O psicólogo foi preso na terça-feira (25) pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais. O investigado foi indiciado 16 vezes pela prática de maus-tratos a animais e se condenado pode pegar até 5 anos de prisão por cada um dos delitos.
Segundo a polícia, novos casos de maus-tratos envolvendo o psicólogo continuam surgindo e o número de indiciamentos deve aumentar com o avanço das investigações.