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R7 Brasília

Lula recebe ministro da Economia da Argentina para discutir adesão do país vizinho ao Brics

Sergio Massa é o candidato de Alberto Fernández, o atual comandante da nação, nas eleições para a Presidência argentina

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Massa é candidato a presidente da Argentina
Massa é candidato a presidente da Argentina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na tarde desta segunda-feira (28) o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, que vai disputar as eleições à Presidência do país vizinho. O argentino veio discutir a adesão da nação comandada por Alberto Fernández ao Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou da agenda.

O convite ao país foi feito na última semana, na reunião da cúpula do grupo, na África do Sul. O ingresso da Argentina foi bastante defendido por Lula. A escolha do presidente pelo país vizinho, inclusive, foi entendida como um gesto à candidatura de Massa, visto que o petista é amigo pessoal de Fernández.

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Atualmente, o ministro da Economia argentino está atrás dos principais adversários nas pesquisas eleitorais. Javier Milei e Patrícia Bullrich, dois nomes de oposição à gestão de Fernández, ocupam as primeiras colocações.

O convite à Argentina foi visto também como uma tentativa de interferência no cenário eleitoral. Dos três candidatos à Casa Rosada, apenas Massa é a favor de que o país faça parte do Brics. A decisão final sobre a entrada da nação no bloco só será anunciada no início de 2024, quando o vencedor das eleições deste ano já estiver à frente do comando da Argentina. Apesar disso, Lula garantiu que a escolha do Estado vizinho não foi motivada por ideologias e destacou que o processo de escolha de novas nações para o grupo foi "bastante criterioso".

Além da Argentina, foram convidados para o Brics Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A proposta de adesão dos novos países foi oficializada na Declaração de Joanesburgo, assinada pelos atuais membros. Na nova formação, o grupo será responsável por 36% do PIB global em paridade de poder de compra e representará 46% da população mundial. Além disso, um grupo de trabalho vai ser criado para estudar a adoção de uma moeda do Brics.

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